Combate químico aos nematoides
09-06-2015

Aproximadamente 300 espécies de fitonematóides, pertencentes a 48 gêneros, são relatadas na cultura da cana-de-açúcar. O combate a esses microrganismos exige atenção e racionalidade. O controle químico é uma das estratégias mais importantes para enfrentar o problema, mas ao adotar essa ferramenta precisam ser observados aspectos como restringir o tratamento apenas às áreas infestadas, limitar o uso de nematicidas às glebas com cultivares suscetíveis ou intolerantes, direcionar a aplicação principalmente à cana-planta e obedecer às normas de segurança para a aplicação dos produtos.

Segundo o pesquisador Wilson R. T. Novaretti, o combate químico aos nematóides da cana no Brasil iniciou-se efetivamente na década de 1970, decorrendo das elevadas perdas observadas nas muitas áreas produtoras infestadas de todo o País. Os bons resultados de controle obtidos pela aplicação de produtos com ação nematicida, em áreas com sérios problemas, trouxeram incrementos de produção de até 20 t/ha-25 t/ha.
Porém, foi apenas após uma série de estudos desenvolvidos que se chegou ao estabelecimento dos preceitos básicos que deveriam nortear o uso desse método, a fim de torná-lo, a um só tempo, tecnicamente eficiente e economicamente viável:
a) restringir o tratamento químico apenas às áreas infestadas;
b) limitar o uso de nematicidas às glebas cultivadas com cultivares suscetíveis ou intolerantes aos nematóides nelas ocorrentes;
c) direcionar o controle químico, principalmente à cana-planta; e
d) atentar às normas de segurança para a aplicação dos produtos.
Com o passar dos anos, os resultados de pesquisas mais recentes vieram corroborar plenamente tais assertivas, embora se saiba hoje que, devido às melhorias dos equipamentos de aplicação, além da relação custo-benefício favorável, o uso de nematicidas é viável também nas soqueiras.

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