Combustíveis sobem cinco vezes acima da inflação em Campo Grande
17-10-2017

Etanol ficou 12,5% mais caro no intervalo de um ano na Capital

Osvaldo Júnior

Apesar de leve recuo na semana passada, os preços dos combustíveis subiram em um ano até cinco vezes mais que a inflação acumulada em Campo Grande. Conforme a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o preço médio do etanol aumentou 12,56% neste mês na comparação com outubro do ano passado.

O consumidor de Campo Grande está pagando, atualmente, a média R$ 3,082 pelo litro do etanol. Em igual período de 2016, o custo era de R$ 2,738.

A variação do preço do combustível, de 12,56%, é o quíntuplo da alta do IPC (Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande), calculado pelo Nepes (Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais), da Uniderp. A inflação, acumulada na Capital, em 12 meses, é de 2,43%.

A majoração do etanol é superior à da gasolina. No entanto, esse segundo combustível também encareceu significativamente: 10,45%, de R$ 3,33 para R$ 3,678, de outubro de 2016 a mesmo mês de 2017.

Ligeiras retrações dos últimos dias amenizaram essas altas. O preço médio da gasolina recuou 2,1% (de R$ 3,757 para R$ 3,72) e o do etanol, 1,18% (de R$ 3,119 para 3,082) na média da semana passada em relação à anterior.

Desvantagem – Com as altas dos preços do etanol acima dos aumentos dos valores da gasolina, o biocombustível apresenta desvantagem econômica em relação ao derivado de petróleo.

Para ser considerado vantajoso, o preço do etanol deve ser menos de 70% da da gasolina. No entanto, em Campo Grande essa equivalência está em 83,79%.

Essa situação se repete, em maior ou menor medida, em quase todo o País. Apenas em quatro capitais – Goiânia, Cuiabá, Belo Horizonte e São Paulo –, o etanol continua apresentando preço competitivo na comparação com o custo da gasolina.