Combustível Avançado
15-01-2015

Com a consolidação do etanol como combustível no Brasil, outras vantagens comparativas do biocombustível em relação aos derivados do petróleo ficaram mais evidentes com o tempo, inclusive por meio de pesquisas científicas. É um combustível renovável e limpo, menos poluente do que as alternativas fósseis. A queima no motor do álcool produz em média 25% menos monóxido de carbono e 35% menos óxido de nitrogênio do que a queima da gasolina. 

E o etanol produzido especificamente a partir de cana possui um balanço ainda mais favorável do que etanóis feitos a partir de outras matérias-primas, como do milho. Esta característica lhe conferiu o status de combustível avançado.
Esta constatação ganhou peso internacional em 2010, quando a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (Environmental Protection Agency, EPA) confirmou que o etanol de cana-de-açúcar é um biocombustível renovável de baixo carbono, que pode contribuir de forma significativa para a redução das emissões de gases causadores do efeito estufa (GEE). O anúncio, que contém a regulamentação final da lei que define a produção e uso de biocombustíveis nos Estados Unidos (Renewable Fuel Standard, RFS2), também designa o etanol de cana-de-açúcar como biocombustível avançado, capaz de reduzir as emissões de gases do efeito estufa em pelo menos 50% comparado com a gasolina.
Segundo evidências científicas apresentadas à EPA pela Unica, mesmo incluindo-se emissões indiretas, o etanol de cana atinge uma redução de 73% a 82% nas emissões de gases de efeito estufa comparado à gasolina. Em 2014, a Unica destacou que, desde 2003, quando foi introduzido o motor flex no Brasil, o uso do etanol já evitou a emissão de 240 milhões de toneladas de carbono, volume que corresponde a três anos de emissões de um país como o Chile.
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