Compostagem aduba mudas nativas e reduz em 59% o volume de resíduos
01-02-2018

A Biosev desenvolve na unidade Santa Elisa (Sertãozinho – SP) um projeto de compostagem que aproveita os restos de alimentos do refeitório para a produção de adubo orgânico.

O fertilizante é utilizado no viveiro da localidade e garante um solo mais rico em nutrientes para um melhor desenvolvimento das mais de 80 espécies nativas, que são destinadas para o reflorestamento de áreas da região.

Além disso, a compostagem contribuiu para a redução de, aproximadamente, 59% do volume de resíduos orgânicos da unidade que antes eram destinados ao aterro sanitário. A média mensal de resíduos da unidade caiu de 21,62 ton para 8,75 ton.

Entenda um pouco mais: a compostagem é o processo biológico de valorização da matéria orgânica, seja ela de origem urbana, doméstica, industrial, agrícola ou florestal, e pode ser considerada como um tipo de reciclagem do lixo orgânico.

Trata-se de um processo natural em que os micro-organismos, como fungos e bactérias, são responsáveis pela degradação de matéria orgânica resultando em um adubo natural.

A maior vantagem da técnica de compostar é a redução dos resíduos orgânicos e, também, a diminuição de emissões de gás metano (CH4), altamente nocivo ao meio ambiente. No processo de decomposição da compostagem, ocorre somente a formação de dióxido de carbono ou gás carbônico (CO2), água (H2O) e biomassa (húmus).

Por se tratar de um processo de fermentação que ocorre na presença de oxigênio (aeróbico), não há a formação de gás metano (CH4), um gás de efeito estufa, cerca de 25 vezes mais potente que o gás carbônico, gerado nos aterros por ocasião da decomposição dos resíduos.

Segundo dados do IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o material orgânico corresponde a cerca de 52% do volume total de resíduos produzidos no Brasil. Tudo isso vai parar em aterros sanitários, onde não recebem nenhum tipo de tratamento específico.