Consecana avalia peso do açúcar cristal no mix da cana de AL
11-03-2019

O percentual de peso dos produtos que formam o mix da cana-de-açúcar em Alagoas foi um dos principais temas da reunião do Conselho de Produtores de Cana-de-açúcar e Etanol dos Estados de Alagoas e Sergipe (Consecana-AL/SE) ocorrida, nesta sexta-feira, dia 08, na sede do Sindaçúcar-AL.

“Temos no nosso mix um peso muito grande do açúcar VHP exportação. Na última safra, ele foi de 51,52%, enquanto o cristal de 11%. Este ano, já houve uma modificação neste percentual, tendo sida reduzida a quantidade de VHP que agora é de 41,98% e o de cristal aumentou para 15%”, afirmou Edgar Filho, presidente do Consecana e da Asplana.

Segundo ele, apesar das alterações no mix, o peso do VHP ainda continua elevado. “Mas, com a redução do ICMS pelo Governo do Estado a tendência é que Alagoas produza mais açúcar cristal. Contudo, isso só vai ser reflito em dois ou três anos. Afinal, as usinas não conseguem virar a produção de açúcar de um ano para o outro”, reforçou.

De acordo com ele, com essa tendência de aumento do percentual do peso do açúcar cristal, Alagoas terá um mix semelhante ao praticado em Pernambuco.

Na reunião, que também avaliou o andamento e finalização da safra 18/19, foram expostas as perspectivas para o próximo ciclo da cana, apostando em uma melhora dos preços.

“Tivemos preços ruins de VHP este ano. Como o percentual deste açúcar no nosso mix é muito grande, isso não foi bom para as usinas e nem para os fornecedores. Tivemos uma safra melhor, mas com preços piores. A tendência é que o próximo ciclo seja melhor, influenciado também pela regularidade das chuvas, e por conta da redução de safra na Índia e de São Paulo. Isso reduz a oferta de açúcar e melhora o preço no mercado”, afirmou Edgar Filho.

Fonte: Assessoria