Controle de migdolus na Usina Santa Terezinha
27-05-2015

A partir de 2013, com o intuito de racionalizar os inseticidas utilizados no momento do plantio, as unidades do Grupo Santa Terezinha, com 10 unidades produtivas no Paraná e uma no Mato Grosso do Sul, iniciaram o monitoramento de pragas de solo. Dentre os principais insetos observados nesses levantamentos, destaca-se o Migdolus spp. Originária do Brasil, essa praga está associada a várias culturas além da cana-de-açúcar, por isso, é importante a realização de levantamentos das fases biológicas do Migdolus em áreas de expansão da cultura canavieira.

O assessor agronômico, Fernando César Pattaro, e os assistentes de desenvolvimento agrícola da Usina Santa Terezinha, Flávio Rubialies e Leonídio Francisco Dourado, explicam que os danos à cana-de-açúcar são causados pelas larvas de Migdolus, que se alimentam do sistema radicular e dos internódios basais, destruindo-os totalmente. “Em função da diminuição das raízes, há a redução da absorção de água e nutrientes. Em períodos de estresse hídrico, facilmente é possível observar reboleiras de plantas amareladas, secas e também mortas, o que acaba indicando a maneira de distribuição dessa praga”.

Estima-se que os prejuízos econômicos causados pelo Migdolus sejam na ordem de 30 t/corte/ano, além da redução da longevidade dos canaviais.
Na Santa Terezinha, o método de levantamento de Migdolus segue a seguinte regra: abrem-se duas trincheiras/ha, com as dimensões de 0,50 x 0,50 x 0,30 m, logo após o último corte do canavial e antes do preparo para posterior reforma.

Se os levantamentos forem efetuados no período do inverno, é possível quantificar as larvas nas trincheiras, bem como os danos causados aos internódios basais das soqueiras. Já em outros períodos, observam-se apenas os danos causados pela alimentação das larvas. “Como o Migdolus se distribui por reboleiras, os levantamentos têm sido realizados por curvas de nível. Dessa forma, quando constatada a presença da praga ou danos, o controle é realizado por reboleira ou curva. É uma maneira de racionalizar a utilização dos inseticidas”, afirmam.

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