Cresce infestação de Sphenophorus levis nos canaviais do Centro-Sul

09-05-2018

No Estado de São Paulo, as regiões mais afetadas são Assis e Araraquara

No estande da BASF na Agrishow 2018, encontramos o diretor da AG Sanchez Consultoria Agrícola, Armando Sanchez. Na ocasião, estava discutindo com alguns produtores a incidência de Sphenophoruslevis em algumas regiões brasileiras. Segundo ele, a situação está feia. “Infestações de 20% a 30% se tornaram comuns. Além disso, já virou rotina encontrar áreas de segundo corte sendo inviabilizadas.”

No Estado de São Paulo, as regiões mais afetadas são Assis e Araraquara. Porém, outros estados, como Mato Grosso do Sul e Goiás, já começaram a relatar altos índices de infestação. “São locais que, por não conhecerem a praga, não tem noção dos danos causados por elas, que podem chegar a 1 TCH perdida a cada 1% de tocos atacados.”

Para Sanchez, a infestação apenas chegou a esses níveis alarmantes em função da negligência dos produtores e usinas, que não estariam tomando os devidos cuidados em relação à praga. “Apenas o fato de encontrar um toco atacado já é motivo para entrar com o manejo. O problema é que a maioria só o faz quando o índice de infestação atinge de 2% a 3%.”

Por falar em manejo, o consultor ressalta que apenas o controle químico não fará milagre. "O correto é adotar o manejo integrado, que inclui preparo de solo (eliminação da soqueira), rotação de culturas, qualidade da muda e aplicação de inseticidas com longos residuais."

Com relação aos inseticidas, Sanchez recomenda o Regent Duo - da Basf -, que possui duas moléculas com ações distintas e complementares. Uma ação é o efeito de choque, que desaloja e elimina os adultos presente na área. A outra molécula quebra o ciclo da praga por gerações. O Regent Duo controla tanto a fase larval da praga, quanto a adulta, além de agir, também, sobre as fêmeas.

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