Crise faz sertãozinho renovar pacto social
08-06-2015

Em novembro de 2014, a Prefeitura de Sertãozinho, SP, maior polo de tecnologia sucroenergética do mundo, e mais 17 entidades de classe sertanezinas, colocaram em prática um plano emergencial para amenizar o agravamento da crise econômica com a chegada da entressafra canavieira. O plano foi um pacto social, tendo a tolerância como base. “Sabemos que haverá atrasos de pagamento e aumento de inadimplência, então, pediremos aos credores, principalmente bancos, paciência para passarmos os meses de novembro e dezembro”, salientou, na época, Carlos Roberto Liboni, secretário de Indústria, Comércio, Abastecimento, Agricultura e Relações do Trabalho de Sertãozinho.

O plano era previsto para durar três meses, mas mesmo com o início da safra, foi renovado, pois a situação continua crítica. Porém, na opinião de Antonio Eduardo Tonielo Filho, presidente do Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis (Ceise Br), o cenário atual, apesar de ainda ser preocupante, é melhor que o ano passado, pois algumas das reinvindicações da cadeia produtiva do setor – que dependem de políticas públicas –, foram atendidas, tais como: a volta parcial da CIDE (Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico) na gasolina; o aumento de 25% para 27% de anidro na gasolina; a liberação de crédito para warrantagem; e realização de leilões de energia específicos para a biomassa. “Além dessas iniciativas do governo federal, temos a redução do ICMS para o etanol em Minas Gerais, que provocou um impacto imediato no consumo de etanol. Há também a desoneração de algumas matérias-primas por iniciativa do governo do Estado de São Paulo”, diz Tonielo Filho.

No entendimento da entidade, a união dessas medidas, desde que mantidas e combinadas com a renegociação de dívidas e crédito para investimentos, devem provocar no médio e longo prazo a volta da confiança de investidores, possibilitando um círculo virtuoso de crescimento. Mas, o Presidente do Ceise Br, diz só ter certeza que isso só ocorrerá se a produção de etanol e de energia se tronar prioritária para o governo, optando por uma energia renovável, sustentável ambientalmente e que melhora os resultados de nossa balança comercial.

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