CTBE trabalha para alcançar o máximo do potencial da cana
17-02-2016

A cana, do ponto de vista agronômico, produtivo, é das plantas que mais conseguem converter a energia solar em bioprodutos

Um espaço que tem contribuído muito em criar, para a cana-de-açúcar, uma fonte para o futuro é o Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol, do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CTBE/CNPEM).

Sediado em Campinas, o laboratório congrega várias linhas de pesquisas, realizadas por especialistas de diferentes áreas, inclusive com diálogo com outras instituições e empresas. Desenvolve, por exemplo, algumas frentes de estudos voltados ao etanol de segunda geração.

Em biotecnologia, uma referência do CTBE é a bióloga Camila Caldana. “A cana, do ponto de vista agronômico, produtivo, é das plantas que mais conseguem converter a energia solar em bioprodutos. Tem um grande potencial. Em biotecnologia, trabalhamos para chegar ao máximo desse potencial.”

No CTBE, ela tem se dedicado a identificar outras rotas biotecnológicas que são importantes para alguns parâmetros de produtividade, como identificar como é direcionado o carbono dentro da planta. O objetivo é definir o que vai, deste carbono, para a sacarose e o que vai para a produção de biomassa. “Aí sim tentar modular a ação dessa proteína, passando a aplicar esta molécula para ver se realmente vai virar o metabolismo para maior produção de sacarose, sem precisar chegar à cana transgênica para isso.”

Com algumas parcerias, Camila tem um projeto em andamento com marcador molecular metabólico. “O objetivo é que seja uma nova forma de marcador. É como se fosse uma impressão digital, mas do metabolismo da planta, e que seria uma ferramenta para programas clássicos de melhoramento de cana-de-açúcar.”

Características como acúmulo de biomassa e de sacarose, que são importantes do ponto de vista da produção, dependem do metabolismo da planta. “Estamos tentando usar marcador que consiga predizer a performance da variedade no campo quanto a essas características. Assim conseguimos saber se a planta é promissora ou não quando ainda estão pequenas, encurtamento o tempo e os recursos gastos com a pesquisa.”

Num trabalho com alguns genótipos em parceria com a RIDESA, ela conseguiu predizer quais brotam melhor. “Inicialmente trabalhamos com 20 genótipos, mas agora estamos expandindo a base de dados. Acredito que no máximo em um ano teremos resultados.” Segundo Camila, o interessante é que o marcador metabólico está um pouco mais próximo da característica final da planta (fenótipo) que se quer no campo.

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