Depois da estiagem, geada preocupa os produtores
10-07-2014

Uma das usinas que sente fortemente a estiagem é a Viralcool, unidade Castilho, no interior paulista. Segundo seu presidente, Antonio Eduardo Tonielo, a expectativa inicial era de colher 2,5 milhões de toneladas, agora já é de 2 milhões, e pode ser menor, pois, a partir de agosto será cortada a cana que foi a última a ser colhida na safra passada, a que mais sentiu a estiagem. E Tonielo alerta que o quadro pode ficar mais feio se acontecer geada, fenômeno que vem castigando os canaviais nos últimos anos.

O produtor de cana-de-açúcar, Paulo Roberto Artioli, de Macatuba, SP, concorda com Tonielo, sua lavoura já foi vítima da geada que chega a destruir o palmito da cana. “E este ano os canaviais estão mais fragilizados com a estiagem, aí se gear, a perda será maior que anos anteriores”, diz Artioli.
O clima desafia a agricultura, os agricultores e pesquisadores a buscarem alternativas. No conjunto de intempéries a seca é uma das mais frequentes, por isso, os programas de melhoramento genético voltados à cana ou outras culturas, contemplam o desenvolvimento de variedades tolerantes à seca (não resistentes). Outro recurso é a irrigação, que faz florescer até o deserto.
A agricultura tenta driblar a seca, proteger a produção em estufas, aclimatar culturas, assegurar a safra, mas ainda está muito longe de encarar os desafios impostos pelo clima. Afinal, a agricultura é uma indústria a céu aberto à mercê dos humores do clima. E a natureza, indomável, mostra que ao ser provocada, pode impor uma goleada.

Veja matéria completa na editoria Capa na edição de junho da CanaOnline, visualize no site, baixe grátis o pdf da edição ou o aplicativo para tablets e smartphones – www.canaonline.com.br