Desmontar colhedora de cana é coisa do passado
22-12-2017

Usinas adotam diferentes estratégias de manutenção de colhedoras ao longo do ano

Leonardo Ruiz

No passado, época em que as safras canavieiras eram bem delineadas - com início, meio e fim definidos -, as manutenções nas colhedoras, maiores responsáveis pela entrega de matéria-prima à usina, eram realizadas exclusivamente durante as entressafras. Na ocasião, as máquinas eram totalmente desmontadas. Só permanecia o esqueleto. Entretanto, com o alongamento da safra e, consequentemente, diminuição da entressafra, essa estratégia de manutenção tem ficado inviável.

Por conta disso, o foco das usinas nos últimos anos tem sido uma manutenção preventiva eficaz durante os meses de safra, visando, além de redução de custos e maior disponibilidade ao longo do ciclo, colocar fim ao sufoco vivido pelas equipes de manutenção que tinham o árduo trabalho de revisar completamente toda a frota em apenas dois meses.

É o caso da Usina São João, localizada no município paulista de Araras. A unidade preconiza a realização de boas preventivas durante a safra. Parece que a iniciativa apresenta bons resultados. De acordo com o diretor agroindustrial da empresa, Humberto Carrara Neto, a disponibilidade mecânica das colhedoras chegou a 90% este ano. Valor extremamente alto se levar em conta a idade média da frota: acima de cinco anos. “Meu foco é uma boa manutenção durante a safra visando dois objetivos principais, o primeiro deles é reduzir o número de paradas ao longo do ciclo. O segundo é minimizar a manutenção de entressafra, fazendo com que ela seja a menos invasiva possível. Nada comparado ao que fazíamos há 10 anos.”

Para dar conta das preventivas sem que a máquina permaneça mais do que algumas horas parada, a Usina São João trabalha com estoque de diversos componentes, como elevadores, cortes de base, conjuntos redutores e rodantes, divisores de linha e extratores. Ao atingir uma certa quantidade de horas trabalhadas ou toneladas colhidas, essas peças são rapidamente substituídas. Por sua vez, as que estavam trabalhando vão para a oficina, são reparadas e ficam em stand by para serem utilizadas em futuras trocas.

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