Empresas brasileiras da cadeia sucroenergética garimpam novos negócios na América Central
01-06-2015

Depender apenas do Brasil é um risco, ainda mais nos últimos anos, em que o setor sucroenergético passa por crise sem precedentes.

Por isso, para as empresas brasileiras da cadeia de equipamentos, insumos e serviços de açúcar, etanol e bioeletricidade buscar novos mercados ao redor do globo é imprescindível.
Garimpar oportunidades em outros países da América Latina é uma boa opção, principalmente pela proximidade com o Brasil. Na América Central, por exemplo, países como México, Guatemala, Nicarágua, Cuba e Costa Rica são tradicionais produtores de cana-de-açúcar.
Para aproveitar esse potencial, nos dias 2 e 3 de junho 29 empresas brasileiras desembarcam na Costa Rica para uma missão comercial em Guanacaste.
A iniciativa é do Projeto Brazil Sugarcane Bioenergy Solution, parceria entre o Apla (Arranjo Produtivo Local do Álcool) e a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).
Com seis regiões produtivas na Costa Rica, cerca de 50% da produção de cana-de-açúcar se concentra na região de Guanacaste, onde estão instaladas as quatro principais usinas do país: Taboga, CATSA, El Palmar e El Viejo. O país produz em média, por safra, quase 4,5 mil toneladas por ano. As usinas El Viejo e Taboga já operam na produção de energia excedente, através de cogeração.
"Observamos um mercado promissor para produção de produtos derivados da cana-de-açúcar na Costa Rica e, com certa frequência fazemos missões prospectivas ao país onde constatamos que usinas de várias regiões apostam no aumento da produção de açúcar, etanol e biomassa", disse o diretor executivo do Apla, Flavio Castelar.

CUBA
Recentemente, um tradicional produtor de cana-de-açúcar da América Central recebeu uma missão comercial brasileira. De 8 a 10 de abril, representantes do setor sucroenergético de Cuba se reuniram com empresários do setor brasileiro em Havana, Cuba.
Na oportunidade, oito empresas brasileiras tiveram a chance de apresentar seus produtos às instituições que coordenam o setor sucroenergético de Cuba. Durante a missão, foram realizados 30 contatos comerciais, US$ 250 mil em negócios realizados e cerca de US$ 129 milhões em expectativa de negócios para os próximos 12 meses.
Segundo Castelar, Cuba está trabalhando para a revitalização do setor açucareiro. "O Brasil tem grandes chances de inserir seus produtos e serviços no mercado cubano, através de nossas missões prospectivas e encontros com importantes instituições do setor, notamos esta real abertura de mercado".
O acordo bilateral entre Brasil e Cuba para o fomento e promoção comercial de produtos e serviços da cadeia produtiva da cana-de-açúcar, quando assinado, deverá futuramente abrir novas possibilidades e facilidades comerciais entre os países.

Veja mais notícias na Revista CanaOnline, visualize no site ou baixe grátis o aplicativo para tablets e smartphones – www.canaonline.com.br.