Especialista destaca importância do controle microbiológico nas usinas
14-11-2014

Falta de controle microbiológico em usinas pode causar sérias consequências como a redução de rendimentos fermentativos, aumento da floculação e do índice de contaminantes (leveduras e bactérias), instabilidade no processo e queda de produção. O alerta é do microbiologista Alexandre Donizete Colione, que defende a aplicação de um controle preventivo eficiente, desde a cana a ser processada até o produto final. 

Alexandre coordena os treinamentos da Alcolina Química e Derivados, localizada em Cravinhos, SP. Em suas apresentações, o microbiologista fala sobre a importância do controle microbiológico no setor sucroenergético. O último treinamento, realizado em julho, contou com a parceria com o Gegis (Grupo de Estudos em Gestão Industrial do Setor Sucroalcooleiro), em Sertãozinho, SP, e em Dourados, MS.

Na oportunidade, o especialista da Alcolina destacou que o controle preventivo deve ser feito em várias etapas do processo, especialmente em relação à qualidade da matéria-prima que chega à usina, além do monitoramento da cana no pátio ou barracão, local onde pode haver a deterioração, e em etapas como a extração nas moendas, tratamento térmico, fermentação e controle do açúcar.

"Esse monitoramento microbiológico do processo favorece a obtenção de melhores rendimentos fermentativos e maior produção. Além disso, a microbiologia pode ajudar na redução de custos de produção, pois apresenta resultados confiáveis. Os colaboradores podem, a partir do monitoramento correto, avisar seus supervisores sobre o momento certo de combater os microrganismos indesejáveis no processo", conta.

O especialista afirma que as usinas já estão mais atentas à importância do controle microbiológico, ao aumentar os investimentos nesta área e direcionar colaboradores qualificados para cuidar do monitoramento. "É importante que a usina conte com bons profissionais para atuar nesta área, além de parceiros capazes de oferecer respaldos necessários em confiabilidade, transparência e comprometimento", diz.

Sobre os treinamentos, Alexandre afirma que são ações que permitem à Alcolina se aproximar cada vez mais dos profissionais que atuam na área de microbiologia das usinas, ouvindo os principais problemas que enfrentam durante o processo, no dia a dia da indústria. "É, também, a oportunidade de apresentar toda a estrutura que a empresa disponibiliza", observa.