Etanol americano, início de safra e usinas necessitando fazer caixa, derrubam o preço do produto
17-04-2018

Etanol hidratado cai 7,8% e anidro recua 9,3% nas usinas. Mas com preços do açúcar em baixa, a produção de etanol segue como prioridade

De acordo com o indicador divulgado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq), o preço do etanol hidratado nas usinas paulistas recuou 7,8% na última semana, de R$ 1,6499 para R$ 1,5212 o litro, em média,
O forte recuo acontece no momento em que usinas ampliam oferta do biocombustível com processamento da safra 2018/2019 da cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil, iniciada oficialmente em 1º de abril. Desde então, em duas semanas, o hidratado acumula baixa de 15,6% nas usinas. Já o valor anidro despencou 9,3% na semana, de R$ 1,8691 o litro para R$ 1,6955 o litro, em média, segundo o Cepea/Esalq.
Mesmo assim, a produção de etanol segue como prioridade para as usinas, pois o açúcar segue com os preços deprimidos globalmente.
Vários fatores influenciam a queda de preço do etanol: a importação do produto dos Estados Unidos; a necessidade de as companhias manterem, obrigatoriamente, um estoque regulador no início de cada safra; o caixa em vermelho das usinas que precisam de uma entrada mais rápida de recursos; as condições da cana no início de safra atendem melhor a produção de etanol do que de açúcar.
Enquanto o preço do etanol cai, o preço médio da gasolina praticado pela Petrobras nas refinarias foi elevado em 0,8 por cento na quinta-feira (12), atingindo o maior nível da nova era de reajustes diários, enquanto a cotação do diesel renovou sua máxima, refletindo a escalada do petróleo no mercado internacional.
A partir da última quinta-feira, a gasolina nas refinarias passou a ser cotada em 1,6968 real por litro, superando a máxima anterior, de 1,6917 real observada no início de janeiro.

Já o preço do diesel, que subiu 2 por cento, está agora em 1,9549 real por litro, acima do 1,9169 real de quarta-feira, quando já havia registrado o maior patamar desde o início da nova sistemática de formação de preços pela petroleira estatal, em julho.

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