Evento do MBCB destaca potencial da descarbonização da matriz energética brasileira
25-04-2024

Ontem (23/04), em São Paulo, o Movimento de Baixo Carbono para o Brasil (MBCB) realizou uma coletiva de imprensa para divulgar o estudo da LCA intitulado "Trajetórias tecnológicas mais eficientes para a descarbonização da mobilidade". Durante o evento, os professores Luciano Coutinho e Fernando Camargo apresentaram os resultados do estudo, destacando as estratégias para a descarbonização da matriz energética nacional.

O encontro contou com a participação de destacados líderes da indústria e do setor energético brasileiro, incluindo Aroaldo Silva, presidente da Industriall, Evandro Gussi, presidente da Unica, Jose Eduardo Luzzi, CEO da MWM Motores e Geradores, Renata Isfer, presidente da Abiogás, Roberto Braun, diretor de Comunicação da Toyota do Brasil, e Luis Roberto Pogetti, presidente do Conselho da Copersucar.

Um dos destaques do evento foi a exposição dos modelos de tecnologias capazes de contribuir para a redução das emissões de carbono. Foi apresentado o modelo de medida "do berço ao túmulo", que abrange toda a contagem de carbono desde a etapa agrícola até o uso final dos produtos.

Neste contexto, os veículos híbridos flex (movidos a etanol e eletricidade) destacaram-se, mostrando vantagens sobre os veículos exclusivamente elétricos. Por outro lado, no modelo "do poço à roda", que calcula apenas as emissões de CO2 dos veículos, os veículos elétricos foram apontados como mais eficientes.

Além disso, o evento enfatizou a importância de uma maior adesão das montadoras e do incentivo do governo federal aos veículos híbridos. Considerando toda a cadeia produtiva, desde a plantação de cana-de-açúcar até a extração de minérios para baterias, os híbridos flex poderiam impulsionar o PIB em até 877 bilhões e gerar cerca de 1,1 milhão de empregos entre 2020 e 2050.

O MBCB também deixou recomendações cruciais para uma adesão mais ampla ao programa de descarbonização, incluindo incentivos fiscais para veículos com baixas emissões de carbono, neutralidade de benefícios a diferentes tecnologias, apoio do Congresso à agenda de baixo carbono e a adoção do modelo de medida "do poço ao túmulo" para um cálculo mais preciso das emissões de CO2.

O evento marcou um importante passo na busca por soluções sustentáveis para o país, promovendo o diálogo e ações concretas rumo a uma matriz energética mais limpa e eficiente.

Fonte: Gerência de Comunicação SIAMIG Bioenergia