Falta de chuva e calor recorde emperram plantio na região de Ribeirão Preto
22-10-2015

 . Um exagero, até mesmo para uma cidade acostumada a visitar constantemente a casa dos 40 graus. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o calor na região de Ribeirão tem sido o mais intenso dos últimos 63 anos. O meteorologista Marcelo Schneider explica que as altas temperaturas registradas na região são provocadas por um bloqueio atmosférico que faz com que uma massa de ar frio vinda da região Sul do Brasil desvie para o litoral de São Paulo.

Mas não é só o calor que castiga, a falta de chuva aumenta ainda mais o sofrimento. A primavera, que começou em 22 de setembro será influenciada pelo El Niño, que aumenta a temperatura do Oceano Pacífico e altera o clima nas quatro regiões do país. Prevendo muito calor e tempo seco.

É justamente o que está ocorrendo. O atraso das chuvas, além de prejudicar a população, também afeta a produção agrícola. Com a falta de chuva, o plantio de milho, soja, amendoim está atrasado. Quem se arriscar a semear os grãos pode perder tudo ou ter uma brotação com muitas falhas. Então, o jeito é esperar.

A cana é mais resistente, mas não é de ferro, por isso, a terra tombada que não recebe fertirrigação também aguarda a chuva para receber os toletes. O Estado de São Paulo é responsável por 60% da produção nacional de cana e a região de Ribeirão Preto responde por quase 60% da produção do estado. São Paulo também registra aproximadamente 90% das lavouras de amendoim do Brasil e 85% desse amendoim é produzido em áreas de renovação de canavial. Com o atraso das chuvas, o plantio do amendoim é postergado, reduzindo ainda mais a liberação de áreas de cana para o cultivo do grão. São Pedro precisa agir rápido, se não, teremos mais um ano de dificuldades no campo em decorrência dos efeitos climáticos.

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