Faquinhas e facões das colhedoras de cana com aço de qualidade reduzem custo da colheita mecanizada
26-06-2018

Colhedora chega a utilizar mil faquinhas por safra, mas peças com aço superior apresentam maior vida útil

Colher mais de 600 milhões de toneladas de cana por safra, essa é a realidade da agroindústria canavieira nacional. Mas isso só é possível graças a mecanização do corte da cana, que nos últimos 10 anos cresceu em ritmo acelerado. A região Centro-Sul do Brasil mais do que dobrou o índice de mecanização de colheita, saindo de 47% em 2008 e chegando praticamente a 100% na atual safra, conforme levantamento do CTC – Centro de Tecnologia Canavieira.

Em menos de 10 anos, a produção diária média de uma colhedora de cana no Brasil tem variado de 400 a 700 toneladas colhidas por máquina.Existem grandes oportunidades para o aumento da eficiência da colheita mecanizada seja através do avanço por parte dos fabricantes de colhedoras em ampliar a capacidade operacional, seja pelos usuários de colhedoras com a adoção e uso efetivo das tecnologias disponíveis no mercado, o resultado disso é a redução dos custos.

Segundo especialistas na área, o desgaste de materiais envolvidos na colheita mecânica de cana-de-açúcar é uma questão relevante a ser considerada, uma vez que, em função da resistência e abrasividade da cana, as facas da colhedora ficam cegas rapidamente, em cerca de oito horas. No entanto, tal fato acontece em virtude de a faca cortar não só a planta, mas também a terra.Impedindo o contato da faca com a terra, será possível utilizar facas mais finas, facilitando ainda mais o corte, bem como a manutenção dos fios por mais tempo.

Além disso, essa situação acarreta em sensível aumento do consumo de combustível, uma vez que a potência do cortador de base, que atualmente é de 50 HP a 60 HP, poderia ser reduzida para cerca de 1 HP sem em nada comprometer o corte eficaz da cana-de-açúcar. Ainda em relação ao consumo excessivo de combustível, cabe ressaltar que a colhedora consome em torno de um litro de diesel por cada tonelada de cana colhida. Se for contabilizado o transbordo que a acompanha, chega-se ao consumo de 1,3 l/t, em virtude não apenas do peso da máquina, mas também para proceder o corte de base.

A qualidade do corte da cana também depende muito das condições das faquinhas e facões, que podem machucar a soqueira abrindo espaço para doenças como podridão abacaxi, ou até mesmo matar a soca, provocando falhas nas linhas de cana, consequentemente, perdas de produção.

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