Fila de navios para embarcar açúcar no Brasil cai quase 50% em novembro
04-12-2017

Cerca de 584 mil toneladas, ou 72%, serão escoadas pelo porto de santos, a principal porta de saída da commodity brasileira
O total de navios previstos para embarcar açúcar nos portos brasileiros diminuiu 49 por cento ao longo de novembro, segundo dados da agência marítima Williams Brazil, refletindo a menor disponibilidade do produto, já que a safra de cana no centro-sul do país está praticamente no fim.
Na semana encerrada em 29 de novembro, eram 23 embarcações já ancoradas, ao largo esperando atracação ou que devem chegar nos próximos dias.
A quantidade é inferior às 31 observadas na semana imediatamente anterior e quase 50 por cento abaixo das 45 reportadas pela agência marítima no fim de outubro.
Essa retração é natural no fim do ano, com as usinas encerrando os trabalhos de colheita de cana. Além disso, nos últimos meses houve maior preferência das empresas pela produção de etanol.
O biocombustível passou a ser mais atrativo a partir de agosto, na esteira de altas tributárias maiores para a gasolina, concorrente direto do hidratado. Como consequência, na primeira quinzena de novembro a fabricação de álcool avançou mais de 15 por cento, enquanto a de açúcar recuou 8 por cento.
Segundo a Williams, os 23 navios devem embarcar 812,18 mil toneladas do adoçante pelo portos do Brasil, maior produtor e exportador da commodity, até meados do mês de dezembro.
Desse total, 584,85 mil toneladas, ou 72 por cento, serão escoadas pelo Porto de Santos, a principal porta de saída do açúcar brasileiro.
Outras 170,13 mil toneladas (21 por cento) serão exportadas por Paranaguá, enquanto 30 mil (4 por cento) e 27,20 mil (3 por cento) por Maceió e Recife, respectivamente.
A maior quantidade de açúcar a ser exportado é do tipo VHP, açúcar bruto de alta polarização, com 732,48 mil toneladas. Há ainda 6,86 mil toneladas de VHP ensacado. Os embarques do refinado A-45 e do cristal B-150, embarcados ensacados, somam 27,20 mil e 52,50 mil toneladas, respectivamente.


Por José Roberto Gomes