Grupo O+ Participações e Inpasa se unem e investem R$ 800 mi para produzir etanol de milho em Nova Mutum
28-03-2019

O projeto da Ethanol Bioenergia em Nova Mutum, do grupo mato-grossense O+ Participações, acaba de ganhar a força da multinacional paraguaia Inpasa. As duas empresas oficializaram nesta quarta-feira, 27 de março, a sociedade para a construção da usina, tornando o empreendimento um dos maiores players do segmento no país. O investimento é na ordem de R$ 800 milhões. A parceria dos dois grupos irá dobrar a capacidade de produção da usina de etanol de milho antes prevista no município, podendo chegar a 800 milhões de litros por ano. As obras começam em abril com previsão de iniciar as operações no segundo semestre de 2020.

A parceria foi assinada pelos diretores-presidentes da O+ Participações, Ramiro Azambuja, e José Odvar Lopes, da Inpasa, nesta quarta-feira, 27 de março. Segundo Azambuja e Lopes o investimento gira em torno de R$ 800 milhões e deverá movimentar a economia de Nova Mutum com a geração de empregos diretos e indiretos.

O projeto da Ethanol Bioenergia está com as etapas de execução adiantadas, como terreno, licenças ambientais aprovadas desde o ano passado e equipamentos contratados.

Durante a assinatura da sociedade Ramiro Azambuja declarou que "A parceria já nasce grande e forte, tendo em vista o histórico das duas empresas. É um movimento estratégico que promete mudar a indústria de etanol de milho em Mato Grosso e no Brasil, nos próximos anos".

Ainda de acordo com o diretor-presidente da O+ Participações, o grande diferencial da Ethanol Bioenergia será a utilização, como matriz energética, do capim Brachiaria, plantado em áreas de lavoura e pasto degradado da própria empresa, garantindo sua auto-suficiência. "Temos uma preocupação ambiental muito grande, além da utilização de matéria-prima e mão de obra local, com o objetivo de promover o desenvolvimento da região. A indústria em Nova Mutum vai funcionar 350 dias por ano".

A planta da Ethanol Bioenergia produzirá ainda 9.200 toneladas de óleo de milho por ano, farelos com altos teores de fibra e proteína para ração animal (DDGS e DDG) e energia elétrica com a biomassa utilizada nas caldeiras. O ganho também será para o estado, com a arrecadação prevista de R$ 60 milhões por ano de ICMS.

Por: Viviane Petroli

Da Redação Mato Grosso Agro

Foto: Viviane Petroli/Mato Grosso Agro
milho