Grupo Tércio Wanderley quer mais do que o controle de doenças e pragas da cana
13-01-2015

“Expandir as fronteiras da cana faz parte do currículo do Grupo Tércio Wanderley, de Alagoas, detentor da maior unidade sucroenergético do Norte/Nordeste, a Usina Coruripe. Ao perceber que as terras propícias ao cultivo da cana-de-açúcar no estado se esgotavam, o Grupo direcionou seu crescimento para o Centro-Sul. Em 1994 adquiriu a destilaria Alexandre Balbo, em Iturama (MG), e transformou a destilaria na Usina Coruripe Unidade Iturama, figurando entre as mais modernas do País. 

Depois, também em Minas Gerais, implantou mais três unidades: Campo Florido, Limeira do Oeste e Carneirinho. Mário Sérgio Matias, gerenteCorporativo de Planejamento e Desenvolvimento do Grupo, informa que essas quatro unidades somam 75 mil hectares com cana, e a unidade Matriz, localizada no município alagoano de Coruripe, conta com 30 mil hectares. Em Minas, a produção das quatro unidades na safra 2014/15 foi de 10,5 milhões de toneladas. Na unidade alagoana, a safra começou em setembro e a previsão é colher três milhões de toneladas.
Mario Sérgio explica que Campo Florido está há 200 quilômetros de distância de Iturama, por isso, é considerado um outro polo produtivo. A produtividade de Campo Florido é de 83 toneladas por hectare, sendo que 70% da cana vem de fornecedores. A média do polo Iturama, que reúne as outras três unidades é de 87 toneladas, mas a Unidade Iturama está na casa das 100 toneladas, já a Carneirinho, incorporada ao Grupo em 2012, apresenta menos de 80 ton/ha, puxando o resultado para baixo. O objetivo é que a média das quatro unidades alcance a casa dos três dígitos.
As unidades da Coruripe em Minas possuem 100% de corte mecanizado, o que, segundo Mário Sérgio, acaba agredindo muito a parte estrutural da planta, facilitando a entrada de patógenos, principalmente fungos, tornando necessário criar uma proteção por meio de inseticidas e fungicidas. Introduzir a cana em área de pastagens com histórico de patógenos é mais um fator complicador. “Não é possível plantar a cana em um ambiente desses, é preciso criar uma barreira química de proteção. O custo de introdução de canavial, dependendo da região, gira em torno de R$ 6 mil a R$ 7 mil o hectare. Então, é preciso fazer bem-feito para não ter de reformá-lo antes da hora. Além disso, o objetivo é obter alta brotação, produtividade e longevidade e, por isso, não se justifica cortar custos”, alerta Mário Sérgio.
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