Incêndios acarretam prejuízo ambiental ao setor sucroenergético
05-10-2022

A adoção de tecnologias como o “Monitoramento de Incêndio”, desenvolvida pela Cyan Agroanalytics é essencial para a redução da incidência do fogo em canaviais e áreas de reflorestamento

Cada vez que o ocorre um incêndio acidental ou criminoso nos canaviais, as chances são grandes que o fogo atinja as Áreas de Preservação Permanente (APPs) e matas ciliares implementadas por unidades sucroenergéticas e produtores rurais. Os danos do fogo nas áreas ambientais são vários: causa a morte de animais silvestres; de árvores; reduz a proteção do solo, deixando-o exposto, o que provoca a erosão; e desprotege as nascentes, reduzindo os recursos hídricos.

Resulta também em dano ambiental econômico direto para o setor: o investimento que foi alocado para o reflorestamento será perdido, uma vez que o plantio das árvores terá de ser refeito. Grande parte das unidades bioenergéticas conta com viveiros próprios de plantas nativas que fornecem mudas para a realização de seus projetos de plantio. Porém, é comum que a demanda suplante a produção, neste caso, elas optam por adquirir mudas de empresas especializadas.

O custo não para na produção ou aquisição de mudas, é preciso preparar a área, realizar a análise de solo, fazer abertura de linha com subsolagem profunda, fazer a aplicação de corretivos e realizar o plantio. Após o plantio, é vital que haja a manutenção da área por, no mínimo, três anos, com controle de plantas daninhas e formigas cortadeiras, por exemplo. Não basta plantar, é preciso garantir o pegamento das árvores. A floresta tem que ser tratada com uma cultura agrícola. Ou seja, o reflorestamento não é um processo barato.

Assim, o setor não só protege seus canaviais contra o fogo, mas também as áreas ambientais. Com a maior incidência de incêndios, as ações e investimentos para prevenção e controle do fogo foram ampliadas. É o que ocorre na Usina Estiva, de Novo Horizonte, SP.  Israel da Silva, Orientador Agrícola Ambiental, ressalta que o trabalho é incessante. Cinco pontos estratégicos são preparados para o combate pela Usina Estiva. Esses locais contam, em três turnos, com um caminhão, um bombeiro e auxiliar – relata Israel da Silva. A frota do sistema de combate a incêndio dessa unidade sucroenergética tem ainda sete caminhões nas frentes de colheita e dois no plantio, que também são acionados em casos de grandes incêndios. “Há ainda outras estruturas, como patrol, pá carregadeira e equipamentos necessários para o combate”, informa.

No entanto, Israel destaca que a adoção da tecnologia “Monitoramento de Incêndio”, desenvolvida pela Cyan Agroanalytics, empresa localizada em São José dos Campos, SP, é fundamental para o sucesso do trabalho. Esse sistema coleta e processa dados de satélites visando a identificação de focos de incêndio e emite alertas para o combate imediato do fogo, o que evita a sua propagação para áreas maiores. O sistema da Cyan faz a “vigilância” de toda a área da Estiva, por meio de 15 satélites, durante 24 horas por dia.

 “Essa ferramenta dispara diversas ações, como um alerta sonoro no navegador que geralmente aparece numa tela fixa na COA (Central de Operações Agrícolas), além de e-mails, SMS para as pessoas cadastradas – detalha Ricardo Imai, sócio da Cyan Agroanalytics.

A empresa disponibiliza, há quatro anos, soluções eficazes para a gestão do controle dessas ocorrências e já atende 60 unidades sucroenergéticas, cobrindo uma área de três milhões de hectares de cana-de-açúcar no Brasil.

Fonte: Assessoria de imprensa da Cyan