Indústria de base aproveita o bom momento da energia
02-10-2014

Leonardo Ruiz

Não são apenas as usinas que estão aproveitando o bom momento vivido pela bioeletricidade no Brasil. A cogeração também tem impulsionado o faturamento da indústria de base, que, nos momentos de crise, sofre da mesma forma que as unidades produtoras.
Segundo Alexandre Martinelli, coordenador de marketing da Caldema, a cogeração é, certamente, um dos produtos de extrema relevância para a melhoria da rentabilidade da planta sucroenergética. “A esperança para o setor e para o país é que a nossa política energética favoreça a cogeração através da biomassa, que, além de ser um combustível renovável, não polui e é economicamente/ecologicamente mais viável que termoelétricas e hidrelétricas”.
O coordenador de marketing ressalta, ainda, que, para as usinas, a cogeração será viável, do ponto de vista econômico, desde que o valor comercializado não seja menor que R$ 180,00 por MW/h. “Atualmente, existem empresas que, por não possuírem contratos de venda em longo prazo, estão comercializando no SPOT ou livre com valores bem acima disso”.
Martinelli conta que o grande boom de instalações de novos projetos de cogeração teve início em 2006 e se estendeu até 2011. De lá para cá, houve uma pequena desaceleração nesse processo. “Percebemos que, a partir de 2008, quando foi instaurada a crise econômica mundial, houve uma sequência decrescente de pedidos”.
Porém, em face da atual ausência de chuvas regulares, que impacta diretamente na redução da oferta de energia elétrica, aliado ao elevado custo operacional (OPEX) das termoelétricas a gás e óleo, a empresa enxerga um bom futuro pela frente. “Com esse cenário, creio que o setor sucroenergético e as empresas fornecedoras de bens de capital correlatas receberão os incentivos necessários para prosseguirem trabalhando e, até mesmo, expandido”.
Fonte: CanaOnline – Baixe grátis o aplicativo e receba, grátis a revista no celular ou visualize no site: www.canaonline.com.br