Indústria de cana de Umuarama ampliou em 30% os empregos gerados em 2017
20-11-2017

Os sinais de retomada do setor da cana-de-açúcar já começam a ser percebidos em Umuarama. De acordo com a Associação dos Produtores de Bioenergia do Estado do Paraná (Alcopar), a unidade de produção de açúcar e etanol no município, que gerou 1.040 postos de trabalho diretos em 2016, está empregando 1.326 profissionais neste ano, um aumento de cerca de 30%. Os dados constam do Cadastro Geral dos Empregados e Desempregados (Caged). 

O aumento da ocupação de mão de obra pelo setor da cana em Umuarama acontece no momento em que a atividade começa a recuperar-se de um prolongado período de crise. A expectativa de agora em diante, na visão da Alcopar, é que esse efetivo seja sustentado, considerando as melhores possibilidades oferecidas pelo mercado de bioenergia no médio e longo prazo.


DADOS
Os números do Caged apontam que Umuarama gerou um total de 29.268 empregos em 2016, dos quais 9.377 no segmento de serviços, 9.237 no comércio, 5.879 na área industrial, 628 no setor agropecuário e 4.147 em outras atividades.
No ano passado os 1.040 postos de trabalho assegurados pela indústria de bioenergia responderam por 16% do total dos empregos da área industrial em Umuarama. No entanto, de acordo com o Caged, o setor da cana apresentou um nível de remuneração superior em comparação aos demais segmentos industriais do município. Considerando os profissionais lotados na indústria de açúcar e etanol, por exemplo, a média foi de R$ 2.524, contra R$ 1.982 do município como um todo. Também no segmento agropecuário, a remuneração dos trabalhadores envolvidos com a cana-de-açúcar, foi maior. Eles receberam R$ 1.969, contra R$ 1.517 pagos na média pelos demais setores.

Perspectivas são promissoras com o RenovaBio

O RenovaBio é uma política do governo federal, por meio do Ministério de Minas e Energia, que objetiva traçar uma estratégia conjunta para reconhecer o papel estratégico de todos os tipos de biocombustíveis na matriz energética brasileira, tanto para a segurança energética quanto para mitigação de redução de emissões de gases causadores do efeito estufa.
O Projeto do RenovaBio prevê algumas metas de longo prazo para o setor de biocombustíveis, o que beneficia diretamente as unidades produtoras de etanol – e, por consequência, as comunidades onde elas estão inseridas.
Entre as metas, está a adição obrigatória de etanol anidro à gasolina, que passará a ter um percentual mínimo de 30% até 1º de janeiro de 2022 e de 40% até 1º de janeiro de 2030. Além disso, a participação do renovável de cana na matriz dos combustíveis para veículos leves deverá ser de, no mínimo, 40% até 1º de janeiro de 2022 e 55% até 1º de janeiro de 2030.
Quanto ao biodiesel, a mistura obrigatória ao óleo diesel passará a ser de 15% até 1º de janeiro de 2022 e de 20% até 1º de janeiro de 2030. Já o bioquerosene de aviação deverá ter participação de mercado de 5% até 1º de janeiro de 2025 e de 10% até 1º de janeiro de 2030. Por fim, a participação do biometano (biogás purificado) no gás natural de origem fóssil deverá ser de 5% até 1º de janeiro de 2025 e de 10% até 1º de janeiro de 2030.