Instalação de redutores planetários na Granelli aumenta eficiência e reduz custos de manutenção
02-12-2014

Muitas unidades produtoras de açúcar, etanol e energia no Brasil processam até 800 mil toneladas de cana por safra. O maior desafio no tocante avanço do setor é quanto aos aspectos econômicos e sua eficiência operacional. Que as turbulências econômicas e a estiagem desértica vêm afetando o setor sucroenergético, isso é fato.

Mesmo diante das dificuldades do setor, é possível encontrar aplicações tecnológicas e rentáveis em pequenos municípios que dependem do açúcar e do etanol. Unidades de pequeno e médio porte seguem o caminho de grandes usinas, ainda mais quando o assunto é eficiência. É o caso da Usina Granelli, situada em Charqueada, região oeste do Estado de São Paulo.

Fundada em 1987, a primeira moagem da Usina Granelli aconteceu em 90 e, atualmente, tem capacidade de produzir 600 mil toneladas de cana. De olho nas inovações tecnológicas, os executivos da Usina renunciaram das convencionais volandeiras e passaram a utilizar os planetários TGM.

Em 2008, início da crise financeira internacional, quando 65 unidades produtivas interromperam a produção, José Valdir Granelli, sócio gerente da Unidade, decidiu investir em inovação, principalmente na moagem. O primeiro redutor planetário TGM, modelo RPZ 3.300 P foi comprado para acionar um terno de moenda de 48 polegadas.

Ao trocar as moendas em 2010, a Granelli adquiriu mais quatro planetários TGM, totalizando cinco equipamentos modelos RPZ 3.300, os quais estão operando ininterruptamente há cinco anos, sem manutenção.

Segundo Zezinho, como é chamado na Usina, os equipamentos nunca interromperam a moagem por qualquer defeito ou peça danificada. Somente houve troca de óleo ou aditivo, conforme indicado pelo fabricante como ação preventiva; e que, assim mesmo, todas as análises de óleo realizadas não apresentaram desgastes do equipamento ou alguma anormalidade.

Em 2012, o executivo comprou mais um planetário TGM, modelo 385 para acionamento central de uma moenda de 54 polegadas, que já opera em sua terceira safra. “Até hoje o redutor não parou nem para apertar um parafuso. Nossos redutores foram muito bem dimensionados quanto ao torque dos equipamentos em relação ao torque consumido pela moenda”, salientou.

“Saímos de um Fusca para andar em uma Mercedes. Foi uma mudança radical que trouxe redução de custos com manutenção, redução de mão de obra, insumo, baixo consumo de óleo e, principalmente, elevou a eficiência”, disse.

“A eficiência do equipamento mudou, significativamente, o cenário da Granelli, assim como a facilidade de operação”, afirmou o gerente industrial da Usina, Claudinei Rodrigues. Ele também destacou outras vantagens como base simples e compacta que resultam em menor espaço físico utilizado na indústria e tranquilidade para operar a moenda.

Na opinião de Luiz Wagner Sicchieri, responsável pelo Departamento Técnico da Copacesp, apensar das dificuldades de muitas indústrias de pequeno e médio porte captar recursos e investimentos ao longo prazo, existem unidades que dominaram ao longo do tempo e se tornaram especialistas, pois buscaram novas tecnologias com eficiência; e isso é um caminho sem volta.

“Ser eficiente, ter baixo custo de manutenção e baixo custo operacional, se faz necessário neste mercado para sobreviver, afinal, eficiência é a palavra chave. Outro fator é buscar mercado e produtos diferenciados, pois o importante é saber o tamanho da estrutura e extrair o máximo de sua capacidade”, lembrou Sicchieri.

Zezinho finalizou a conversa dizendo “indico a TGM para qualquer amigo do setor, pois além de fabricarem super máquinas, sempre fui bem atendido pelo departamento técnico e sempre fiz bons negócios. Confesso que já obtive retorno sobre o capital investido, ainda mais se pensarmos na economia de óleo e manutenção”.

A Usina Granelli irá moer nesta safra 450 mil toneladas, em decorrência da seca. Para driblar as dificuldades climáticas e a crise, o uso de tecnologias com alta eficiência foi o caminho sem volta, pois trouxe facilidades operacionais e rentabilidade.