Investimento em irrigação precisa de continuidade
03-06-2015

Para trazer maior estabilidade à produção de cana-de-açúcar, a saída encontrada em muitas regiões tem sido investir em tecnologia e conhecimento. Diante dos prejuízos cada vez mais constantes impostos pelo clima, já há produtores que investem em irrigação. É o caso da Usina Jalles Machado, em Goianésia, GO.

Mas irrigar cana-de-açúcar ainda é um grande paradigma a ser quebrado, garante o engenheiro agrônomo Marco Antonio Viana, do Gifc (Grupo de Irrigação e Fertirrigação em Cana no Brasil). “Criou-se um conceito, principalmente em São Paulo, que irrigação não tem resposta. Mas os produtores já têm percebido que isso não é verdade.”

Ele lembra que o setor enfrenta momento complicado financeiramente, o que faz com que muita empresa fique reticente em investir nessa área, mas a seca do ano passado tornou nítida a importância de investir em irrigação.
Para Viana, a viabilidade do manejo de água, que não é só irrigação, deveria estar na cabeça do produtor canavieiro há mais tempo. “Mas é preciso acontecer uma estiagem como a de 2014 para que a gente tome consciência do que se deve fazer.”

Mas é preciso ter continuidade. Não se resolve irrigação de hoje pra amanhã. É uma técnica que precisa se implementada com o tempo, ainda mais quando se planeja incrementar a produtividade agrícola.
Mas a partir de fevereiro de 2015 as chuvas voltaram. O outono no estado de São Paulo – maior produtor canavieiro do país - também tem registrado algumas chuvas. Será que quem começou a estudar a viabilidade da irrigação, para garantir a estabilidade da produção e o crescimento vertical, engavetou a ideia?

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