Irrigação com água nos canaviais
25-03-2015

A escassez de chuva no Centro-Sul, novos ambientes de produção e o objetivo da máxima produtividade impulsionam a prática de irrigação nos canaviais

Leonardo Ruiz

Estima-se que, para produzir uma tonelada de cana-de-açúcar, sejam necessários de 30 mil a 40 mil litros de água por ano, distribuídos em todas as fases de cultivo, de forma que ocorra a expansão das células vegetais e, consequentemente, crescimento da planta, principalmente na fase de crescimento dos colmos. Porém, quando essa água não chega por métodos naturais (via chuva), a produção fica comprometida e a irrigação entra como forma de suprir o déficit de água existente no solo.
Por ser plantada de norte a sul do País é comum que a cana-de-açúcar precise, em certas regiões, de suplementação hídrica em algumas fases do seu desenvolvimento. A irrigação age, portanto, como uma maximizadora de resultados, colocando a empresa em condições de mitigar os riscos climáticos, inerentes a dezenas de unidades pelo Brasil.
Para os pesquisadores da Embrapa Meio-Norte, Aderson Soares de Andrade Júnior e Edson Alves Bastos, a irrigação é importante no sentido de possibilitar o fornecimento de água para o atendimento da demanda hídrica da cana-de-açúcar nas suas diferentes fases de desenvolvimento, especialmente, quando a suplementação hídrica via água das chuvas for insuficiente para atender a essa demanda. “Logicamente, dependendo da época de plantio e do regime de chuvas da região, essa dependência da irrigação para promover o desenvolvimento e produção da cultura será maior ou menor”.

FERTIRRIGAÇÃO É A MAIS UTILIZADA

Porém, nem todas as usinas brasileiras utilizam a irrigação de cana com água. A grande maioria, na verdade, realiza agricultura de sequeiro. O superintendente do Grupo de Irrigação e Fertirrigação de Cana-de-Açúcar (GIFC), Marco Viana,diz que cerca de 22% dos canaviais do país recebe a aplicação de vinhaça, conhecida como fertirrigação. “Já quando falamos de irrigação de cana com água, daí este índice é muito mais baixo, estimado em menos de 13%. É uma taxa bem pequena, especialmente quando analisamos os outros nove países maiores produtores de cana no mundo, onde essa média gira em torno 30%”, afirma Viana.
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