Irrigação com pivô central cresceu 47 vezes em 32 anos no Brasil
05-07-2019

A irrigação com pivô central cresceu 47 vezes no Brasil desde que começou a ser monitorada, em 1985. Em 2017, essa técnica de irrigação, a que mais cresce no país, abrangia 1,476 milhão de hectares, ante 30,852 mil hectares há 32 anos. Os dados foram compilados pela Agência Nacional de Águas (ANA), que divulgou hoje um estudo sobre o assunto em conjunto com a Embrapa.

Apenas entre 2014 e 2017, a área irrigada com pivô central aumentou em 98.438 hectares, ou 15,8%.

A técnica é usada em 253 municípios de 23 unidades da federação, mas está concentrada no Cerrado, região com maior déficit hídrico e com maiores propriedades. Minas Gerais é o Estado que liderava, em 2017, a área equipada com pivôs centrais, com participação de 31% da área, seguido de Goiás (18%), Bahia (15%) e São Paulo (13%), Mato Grosso (8%) e Rio Grande do Sul (8%).

Em 1985, a técnica era utilizada em oito municípios de apenas sete Estados. Em 2010, eram 17. O Centro-Oeste começou a ganhar mais pivôs centrais a partir de 2010, mas foi a região Sudeste que liderou o crescimento do uso da técnica.

No ano retrasado, metade dos dez municípios com maior área equipada com pivôs eram baianos: Barreiras (BA), São Desidério (BA), Mucugê (BA), Jaborandi (BA), e Luís Eduardo Magalhães (BA).

O estudo também identificou que o uso da irrigação por meio do pivô central é concentrado na segunda safra, que é cultivada no período de transição das chuvas para o inverno seco. Mas a técnica é usada em “dezenas de culturas”, mas mais concentradas em cana-de-açúcar, algodão, café e, principalmente, soja, milho e feijão. (Valor Econômico 05/07/2019)