Kátia Abreu vai para Agricultura; Armando Monteiro, para Indústria
24-11-2014

Além do núcleo da nova equipe econômica, a presidente Dilma Rousseff divulgará na neta semana nomes para outros ministérios e empresas estatais ligados ao setor produtivo.

Ela convidou os senadores Armando Monteiro (PTB-PE) e Kátia Abreu (PMDB-TO) para ocupar, respectivamente, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e o da Agricultura.

O convite a Monteiro busca recriar pontes com o setor industrial. O senador já foi presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria) e conta com o apoio do atual comandante da instituição, Robson Braga Andrade.

Nas últimas eleições, disputou o governo de Pernambuco, perdendo a eleição para Paulo Câmara, do PSB.

A escolha de Abreu para a pasta da Agricultura é um aceno ao empresariado rural. Ela preside a CNA (Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil) e se aproximou de Dilma recentemente. Na eleição presidencial, o setor apoiou Aécio.

A opção pela peemedebista também tenta agradar o partido do vice, Michel Temer, que ocupou a pasta neste mandato de Dilma.

O convite aos dois atende a conselhos do ex-presidente Lula, que recomendou à sucessora retomar o diálogo com o setor empresarial para tentar impulsionar o crescimento da economia.

Lula e analistas de mercado citam a falta de confiança dos empresários no governo como um dos principais motivos para o ritmo fraco da economia, que deve crescer perto de zero neste ano.

Além do nome dos dois ministros, Dilma vai escalar também o grupo de comando dos bancos públicos.

O atual secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Paulo Cafarelli, deve substituir o presidente do Banco do Brasil, Alberto Bendine, enfraquecido por causa de denúncias de irregularidades --que ele nega. Cafarelli fez carreira dentro do BB.

Jorge Hereda tende a ser mantido no comando da Caixa Econômica Federal. Ele é petista e se encaixa no perfil desejado pela presidente de usar o banco para estimular a economia do país.

Dilma vai trocar ainda o comando do BNDES (Banco nacional de Desenvolvimento Econômica e Social), hoje nas mãos de Luciano Coutinho. A dúvida é se essa troca será feita imediatamente ou ficará para uma segunda etapa