Líder no mercado de transgênicos brasileiros, Embrapa deve lançar, em breve, variedades geneticamente modificadas de cana
30-08-2017

Experimento em campo com a cana transgênica da Embrapa tolerante à seca. Foto: Divulgação Embrapa Agroenergia/Adilson Kobayashi
Experimento em campo com a cana transgênica da Embrapa tolerante à seca. Foto: Divulgação Embrapa Agroenergia/Adilson Kobayashi

Entre as características da cana transgênica da Embrapa estão: tolerância à seca; ao alumínio e produção de etanol de segunda geração

No Brasil, ninguém entende mais sobre cultivos transgênicos do que a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Em 2011, a entidade foi a primeira instituição do mundo a desenvolver uma variedade transgênica de feijão. A principal característica do cultivar é sua resistência ao vírus do mosaico dourado, causador de uma doença muito comum no feijoeiro que prejudica seriamente sua produtividade.

Em 2015, a Embrapa e o Brasil voltaram aos holofotes mundiais com o lançamento comercial do primeiro organismo geneticamente modificado totalmente desenvolvido no país: uma soja tolerante à herbicidas, fruto de uma parceria entre a Instituição e a Basf. Esse sistema de produção, chamado de Cultivance®, resulta em redução de custos para o produtor e em ganhos logísticos e ambientais, como a diminuição no número de aplicações de herbicidas por hectare, no uso de equipamentos, em mão de obra e na emissão de CO2 na atmosfera.

Com tanto know-how, é de se esperar que, num futuro próximo, a Embrapa volte a fazer nome no mundo da biotecnologia, só que desta vez com uma variedade geneticamente modificada de uma das principais culturas agrícolas do país: a cana-de-açúcar.

O pesquisador da Embrapa Agroenergia, Hugo Bruno Correa Molinari, conta que a Instituição vem desenvolvendo projetos estratégicos com parceiros usando ferramentas de engenharia genética para características de interesse ao setor sucroenergético. De acordo com ele, as principais características em desenvolvimento no momento são: 1) tolerância à seca; 2) tolerância ao alumínio e 3) modificação da parede celular para incremento da produção de etanol de segunda geração, valor nutricional da biomassa para ruminantes e produção de químicos renováveis. “Essas são características de grande importância socioeconômica para o setor e, por serem de grande complexidade, a Embrapa pode e está contribuindo muito com sua expertise.”

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