Limpeza de cana a seco ganhará mais espaço no setor
25-03-2015

O aumento da cana crua, a utilização da palha e a redução do consumo de água, fazem do sistema de limpeza a seco de cana uma necessidade

Leonardo Ruiz

A lavagem da cana era uma das etapas do processo produtivo que mais consumia água. Estima-se que para esse processo são utilizados cerca de 2,200m3/t cana total. Dessa forma, a tecnologia de limpeza a seco da cana-de-açúcar direcionando a palha para a queima nas caldeiras de alta pressão surgiu como uma aliada do setor, não só por aumentar a quantidade de biomassa para a produção de energia, ou para etanol de segunda geração, mas também por atenuar o uso de água na indústria. Especialistas apontam que essa diminuição pode chegar a 13% em relação à lavagem úmida.
Uma das usinas que já adotaram esse novo processo é a Barralcool, localizada no município mato-grossense de Barra do Bugres. Segundo o gerente industrial, José Raimundo Costa Neto, em 90% da cana processada na usina é utilizado sistema de limpeza a seco. “Usando tecnologia de ponta no processo de limpeza da matéria-prima processada e trabalhando com sistema de circuito fechado em todas as áreas conseguimos reduzir nosso consumo de 1,4m3/t de cana para 0,7m3/t”.
O gerente industrial conta, ainda, que o investimento necessário para concretização dessas ações não foi alto, pois, segundo ele, a cada ano, a empresa realiza uma ação direcionada e específica a cada caso. “Com muita criatividade e conhecimento nas questões abordadas, conseguimos diluir esses custos”.

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