Lucro do CTC cai 29%, para R$ 5,199 milhões em 2014/15
01-06-2015

O Centro de Tecnologia Canaviera (CTC), empresa de pesquisa em cana-de-açúcar controlada por grandes grupos sucroalcooleiros, teve no exercício encerrado em 31 de março de 2015 um lucro líquido de R$ 5,199 milhões, queda de 29% em relação aos R$ 7,333 milhões do exercício anterior.

A empresa, que tem no seu capital a BNDESPar, braço de participações do BNDES, teve receita líquida e o lucro bruto maiores, no entanto, sofreu com o impacto negativo da maior despesa financeira.

A receita líquida da companhia, que tem no seu bloco de controle as gigantes Raízen Energia e Copersucar, cresceu 32%, para R$ 75,1 milhões.

O lucro bruto alcançou R$ 25,2 milhões, aumento de 9,15% frente aos doze meses anteriores.

O CTC, que detém um dos maiores bancos genéticos de cana-de-açúcar do mundo, teve, no entanto, uma despesa financeira de R$ 7,124 milhões, 83% acima dos R$ 3,890 milhões do exercício passado.

Conforme comunicado feito a investidores, o CTC realizou em 10 de setembro de 2014 um aumento de capital de 165,002 milhões, mediante a emissão de 83.741 novas ações ordinárias, ao preço de emissão de R$ 1.970,39.

Após este aumento de capital, a Raízen Energia, controlada pela Cosan e pela Shell, passou a deter 20,86% do capital do CTC, ante 20,94% detidos em 2014.

A Copersucar, maior trading de açúcar e etanol do país, reduziu sua fatia a 18,51%, ante 20,54% de 2014.

A BNDESPar, após injetar cerca de R$ 150 milhões, passou a deter 10,6% do capital da companhia de pesquisa.

Neste momento, o principal investimento em andamento da companhia é de cerca de R$ 85 milhões referente a um contrato com a Usina São Manoel em parceria na montagem de uma planta de etanol de segunda geração integrada ao seu parque industrial.

O contrato tem vigência de seis anos, contados a partir de janeiro de 2013, podendo ser prorrogado.

Conforme o CTC, o projeto encontra-se em fase de testes e tem previsão de começar a funcionar no mês de junho.

Esse projeto inclui também uma planta comercial no valor de R$ 7 mil referente a um contrato de venda com a usina Ferrari para auxiliar no enfardamento da palha do campo com objetivo de cogerar energia elétrica.

Até 2011, o CTC era uma sociedade sem fins lucrativos, que sobrevivia de doação de associados. A partir de janeiro de 2011, o centro de pesquisa se tornou uma Sociedade Anônima.

Ao fim de março de 2015, o patrimônio líquido da empresa era de R$ 323 milhões, ante os R$ 112 milhões de um ano antes.