Ludmila Lavigne, Diretora de Pessoas na ATVOS, será debatedora no IX Encontro Cana Substantivo Feminino
14-02-2020

 Atualmente, 14% do quadro de funcionários do Grupo é composto por mulheres.  A empresa desenvolve diretrizes e planos de ação visando aumentar a equidade de gênero

Leonardo Ruiz

Segunda maior produtora de etanol do país, a Atvos detém uma das maiores taxas de colaboradoras femininas do setor. Atualmente, a companhia conta com cerca de 1.400 mulheres em seu quadro de funcionários, o que representa aproximadamente 14% do total. Segundo a empresa, este percentual tem se mantido nas últimas safras.

As áreas de maior presença feminina são Saúde, Segurança e Meio Ambiente (45%) e Administração (44%). Na outra ponta, se encontra a manutenção, com apenas 4% de mulheres atuantes. Para a diretora de pessoas da Atvos, Ludmila Lavigne, a baixa atuação feminina nesta área seria resultado de um conjunto de fatores, entre eles o fato de ser uma atividade especializada que exige um tempo maior de qualificação, além de ser historicamente exercida em sua maioria por homens.

No entanto, ela afirma que a companhia possui planos de ação em andamento visando ampliar a participação feminina em todas as áreas e níveis corporativos.  Ludmila falará sobre essas ações da Atvos para aumentar a presença feminina em sua participação no IX Encontro Cana Substantivo Feminino, que acontece em 19 de março de 2020 no Centro de Cana do IAC, em Ribeirão Preto, SP.

Psicóloga formada pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), com MBA em Gestão Empresarial pela FGV-RJ e formação em Finanças pela FIPECAFI, Ludmila Lavigne iniciou sua trajetória profissional na Asea Brown Boveri, empresa de tecnologia em energia e automação. Posteriormente, ingressou no Grupo Odebrecht. Passou pelos segmentos de engenharia, óleo e gás e empreendimentos imobiliários.

Ano passado, assumiu a área de Pessoas da Atvos. Parte de seu escopo de trabalho consiste em definir as estratégias de atração e desenvolvimento de pessoas, garantir a segurança empresarial, promover a preservação e prática da cultura independente da dispersão geográfica de atuação, qualificação técnica e operacional e elaborar estratégias de remuneração.

“Avalio ser um setor com amplas possibilidades para inovação e avanços em segurança do trabalho.  A qualificação no campo tem suas particularidades, considerando a realidade de déficit educacional do Brasil. A permanência das pessoas no campo está relacionada ao acesso à educação básica de qualidade. É necessário que elas enxerguem oportunidades de desenvolvimento no setor, que por sua vez deverá reconhecer o potencial delas.”

De acordo com a profissional, o setor sucroenergético, assim como diversos outros segmentos, tem baixa participação de mulheres, especialmente nas áreas agrícola e industrial e em cargos de liderança. Porém, nota-se um importante e recente engajamento das empresas em alterar efetivamente este cenário. “As companhias já reconhecem que a diversidade, seja de gênero, racial ou cultural, favorece a competitividade dos negócios. Por isso, o foco está na complementaridade e não na distinção de habilidades por gênero.”

Entretanto, Ludmila ressalta que, para acelerar essa mudança, é fundamental trabalhar proativamente em iniciativas que reduzam os reais obstáculos do ingresso das mulheres na agroindústria e no mercado de trabalho de uma forma geral, o que incluiria ações que envolvam sociedade civil, governo e empresas.

 

NÃO PERCAM O IX ENCONTRO CANA SUBSTANTIVO FEMININO

19 de março de 2020 no Centro de Cana do IAC, Rodovia Antonio Duarte Nogueira km 321, s/n, Ribeirão Preto, SP

INSCRIÇÕES GRÁTIS, MAS LIMITADAS. PELO SITE: http://www.canaonline.com.br/conteudos/cana-substantivo-feminino.html