Maior diversificação de variedades e aumento da cogeração de energia – técnicas que poderiam elevar a competitividade do negócio colombiano
12-12-2017

O intuito de qualquer programa de intercâmbio é o de promover troca de experiências de ambos os lados. No caso do Brasil e Colômbia, diversos processos e técnicas que provaram ser sucesso em terras tupiniquins poderiam ser adotadas pelos colombianos, aumentando a competitividade do negócio e diminuindo os riscos inerentes a produção.

Uma delas é uma maior diversificação de variedades. Hoje, 70% do canavial se restringe a apenas três materiais, o que coloca a cultura em risco caso ocorra uma proliferação descontrolada de pragas. Mas o país já está trabalhando para resolver essa questão. Em 2016, a Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético (RIDESA) firmou um acordo com o Cenicaña para intercambiar 50 materiais até 2021. Os materiais a serem trocados poderão ser utilizados pelas duas instituições, mas somente nos programas de melhoramento como genitores em cruzamentos e em avaliações em experimentos de doenças e competição varietal.

Outro ponto vital para elevar a competitividade do negócio colombiano seria um aumento da cogeração de energia através da biomassa da cana. Atualmente, das 15 usinas existentes, 12 já fazem cogeração. Porém, grande parte é cogerada apenas para suprir a necessidade de cada unidade, sendo que muito pouco é exportado. Ocorre que o país enxerga, preferencialmente, a cana para produzir açúcar e deixa de lado o potencial em gerar mais energia elétrica através da biomassa.

Atualmente, 50% da colheita na Colômbia é feita de forma manual com queimada e 50% mecanizada. Caso abolisse a queima da cana, o potencial para cogeração de energia dobraria. Quem defende essa visão é o diretor agroindustrial da Usinas Itamarati, Eliandro de Jesus Romani. Ele explica que, no Brasil, metade da palha é deixada no canavial para retenção da umidade do solo. Na Colômbia, não existe esse problema, já que, além de o solo ser muito úmido, há irrigação em 100% das áreas. “A palha chega a ser inconveniente para eles. Assim, eles poderiam muito bem levar 100% desse resíduo para a indústria a fim de cogerar energia e suprir parte do déficit do país, substituindo a geração térmica de carvão por uma fonte renovável.”

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