Mais chuva, mais doenças na lavoura de amendoim
22-02-2018

Verões de alta pluviosidade e com alta quantidade de dias nublados beneficiam o complexo de doenças do amendoim

Leonardo Ruiz

Por ser uma cultura majoritariamente de rotação com a cana-de-açúcar - estimativas apontam que 90% do cultivo esteja diretamente envolvido com os canavicultores -, o amendoim é semeado durante o verão, época em que as condições climáticas são ideais para o desenvolvimento pleno da leguminosa. Mas é também esse período que reúne as principais condições necessárias para que ocorra o aparecimento de doenças nas lavouras.

Existem diversas doenças relatadas no cultivo do amendoim, tendo como agentes causais fungos, vírus, bactérias e aténematóides(parasitando e lesioando o sistema radicular das plantas). Todavia, elas não ocorrem numa única fase do cultivo, ou seja, podem acometer desde as sementes, passando pela fase de plântula, causar danos durante o desenvolvimento vegetativo do amendoim (doenças de parte aérea), e até mesmo após o processo de colheita (produção de aflatoxinas ou degeneração dos grãos armazenados).

O produtor deve ficar atento. O pesquisador científico e diretor de pesquisa do Polo Centro Norte da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Marcos DonisetiMichelotto, afirma que, independente do histórico da área, são necessárias de seis a nove aplicações de fungicida durante todo o ciclo da cultura. Em 100% da área em caráter preventivo.

“As pulverizações de fungicidas na cultura do amendoim seguem um esquema de calendário. É uma prática comum realizada pelos produtores em que, a partir dos 30 dias, ele começa a fazer as aplicações desse defensivo quinzenalmente.”

O engenheiro agrônomo de desenvolvimento de mercado da BASF, Rafael Factor Feliciano, ressalta que anos agrícolas como o registrado na safra atual, com volumes pluviométricos elevados que, por sua vez, acabam deslocando a janela de semeadura e dificultando a entrada dos pulverizadores na área, podem ser desafiadores e mais complexos no âmbito do controle das doenças. “Para isso, faz-se necessário se atentar para a utilização dos produtos nas doses corretas e repensar os intervalos entre as aplicações, a fim de evitar uma evolução descontrolada da doença na lavoura. De qualquer maneira, a aplicação dos fungicidas sistêmicos devem ser sempre associados ao Clorotalonil.”

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