Mais usinas seguiram moendo em novembro
28-11-2017

Até 16 de novembro, 82 unidades encerraram a safra no Centro-Sul, contra 115 até a mesma data do último ano

Relatório quinzenal de safra, divulgado ontem pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), aponta que o volume de cana-de-açúcar processado pelas unidades produtoras do Centro-Sul atingiu 23,35 milhões de toneladas ao final da primeira quinzena de novembro, 7,24% superior ao verificado no mesmo período de 2016 (21,77 milhões de toneladas). Por outro lado, esse resultado representa uma redução de quase 7 milhões de toneladas no comparativo com a moagem registrada na quinzena precedente (30,02 milhões de toneladas nos últimos 15 dias de outubro de 2017).

No acumulado desde o início da safra 2017/2018 até 16 de novembro, a quantidade moída somou 552,95 milhões de toneladas, recuo em relação as 562,02 milhões registradas em igual período do ciclo 2016/2017. Portanto, em termos absolutos, persiste uma defasagem de aproximadamente 9 milhões de toneladas entre as duas safras.

Simultâneo a essa defasagem da moagem acumulada ocorreu a melhora da qualidade da matéria-prima, sem prejuízos aos produtos sucroenergéticos. Em outras palavras, a retração da moagem foi integralmente compensada pelo maior teor de sacarose da planta, não diminuindo, portanto, o volume global de ATR disponível às produções de etanol e açúcar.

Até 16 de novembro, 82 unidades encerraram a safra no Centro-Sul, contra 115 até a mesma data do último ano. A saber, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) está continuamente pesquisando as datas de término de moagem, efetivas e previstas, junto a todas as usinas e destilarias do Centro-Sul.

Qualidade da matéria-prima
A concentração de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) por tonelada de matéria-prima processada diminuiu nos 15 primeiros dias de novembro. O índice alcançou 132,64 kg por tonelada, ante 137,44 kg na mesma quinzena do último ano (queda de 3,49%) e 153,62 kg observados ao final de outubro de 2017 (13,66%).

Segundo o diretor Técnico da UNICA, Antonio de Padua Rodrigues, “essa retração da qualidade era esperada, pois em outubro o ATR cana – aquele obtido a partir das análises em laboratório da planta entregue na unidade industrial - já sinalizava para uma queda de 2% a 3% nesse indicador. ”

No acumulado desde o início da safra 2017/2018 até 16 de novembro, o teor de ATR totalizou 137,58 kg por tonelada, crescimento de 2,57% sobre os 134,13 kg apurados no mesmo período do último ano.