Mapeamento e controle de processos: uma necessidade das Usinas
09-06-2015

José Rezende,Sócio da PwC Brasil, e Luiz Barbosa, gerente da PwC Brasil e especialista em Agribusiness

A complexidade de uma usina de cana pode ser medida pelo número de processos e riscos para sua operação. Em média, as usinas possuem 16 macroprocessos, os quais estão permeados por diversos riscos, sendo, principalmente, riscos operacionais, financeiros, ambientais e de imagem. Esses elementos podem gerar desde ineficiência e retrabalho até fraudes com impacto financeiro e exposição indevida do nome da usina na mídia.

Segundo o levantamento realizado pela PwC Brasil, existem cerca de 840 riscos relacionados a esses processos que vão desde o plantio da cana até a comercialização dos produtos finais, passando por todos os seus processos principais e também de apoio administrativo. O processo Agrícola é o que possui o maior número de riscos identificados, (213). Em seguida, vem o processo de Suprimentos, com 123 riscos e, em terceiro lugar, o processo de Recursos Humanos, com quase 70 riscos mapeados. Juntas, essas três áreas respondem por quase a metade de todos os riscos mapeados em uma usina.

O controle e o mapeamento de cada processo são essenciais para uma boa gestão, evitam falhas e ineficiências e permitem uma melhor administração dos custos de produção. No entanto, o levantamento da PwC mostrou que cerca de 72% dos processos das usinas apresentam alguma ineficiência.

Os processos da área agrícola, responsável por cerca de 70% dos custos de produção de açúcar e etanol, são os principais pontos que requerem melhoria e estão relacionados com o registro das operações e manejo da cultura. No caso do registro, também chamado de apontamento, é muito comum o uso de controles manuais, apontamentos duplicados de operações, ausência de registro de serviços terceirizados, falta de rastreabilidade dos insumos e serviços, possibilidade de desvio de insumos, registros de colheitas em áreas não colhidas, dentre outros. Já no que se refere ao manejo da cultura, a eficiência e redução de custos estão atreladas ao uso correto dos insumos, desde a escolha dos produtos a serem utilizados até a forma de aplicação.

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