Maturar cana sem abandonar o ciclo virtuoso da produção
20-12-2019

Escrito por Eng. Agr. Victor Hugo Santana Silveira, DTM Cana-de-açúcar Syngenta

Maturar cana-de-açúcar dentro de um cenário que pressiona cada vez mais as margens de rentabilidade ao produtor, traz consigo vários desafios.

Diante dessa realidade, não se pode negligenciar a sustentabilidade de um sistema de produção, que parte de um investimento inicial de R$7,5-8,5 mil/ha, a formação do canavial. Se faz necessário garantir estabilidade produtiva e longevidade a esse aporte de capital, e negligenciar nesse caso é espremer as margens de rentabilidade.

Mas, o que maturação tem a ver com formação de lavoura, estabilidade produtiva e longevidade do canavial?

 Em um cenário produtivo, onde se busca extrair o máximo da sobreposição das tecnologias aplicadas. Buscando-se na nutrição, fisiologia e proteção do cultivo, o ajuste fino para proteger o teto produtivo, nota-se um contra senso, o uso de herbicidas com finalidade de maturação. Os herbicidas inibidores de ALS e ACCase agem impedindo a formação de alguns aminoácidos essenciais à planta interferindo em processos igualmente importantes, como os descritos nos tópicos a seguir:

  • Conteúdos de clorofilas e carotenoides impactando diretamente a capacidade fotossintética da planta e resultados da maturação,
  • Manutenção da viabilidade da gema apical responsável por manter o equilíbrio da planta quanto a sua fase fenológica e manutenção do processo fotossintético,
  • Conteúdos de precursores de enzimas impactando diretamente a capacidade natural da planta de se defender de pragas, doenças e estresses abióticos,
  • Capacidade de rebrotação impactando diretamente a população de colmos.

 

  Nesse âmbito o maturador trinexapaque-etílico, utilizado por mais de 20 anos, em 8 de cada 10 ha maturados pelo setor sucroenergético, com resultados consistentes e provados, mostram não se tratar de uma tecnologia com viés de otimizar apenas o resultado instantâneo, representado pela qualidade da matéria-prima. Garante também sustentabilidade econômico-financeira à produção, promovendo estabilidade produtiva e longevidade, como demonstram os resultados abaixo, fruto de um esforço conjunto entre a Syngenta, usinas e fornecedores para condução de ensaios por 4 safras consecutivas em diferentes ambientes de produção e com diferentes variedades, a fim de entender seus benefícios dentro de um ciclo produtivo.

 

 

E o que concluímos?

  • Nenhum herbicida é mais rápido que o Moddus mesmo a partir de 15 dias após as aplicações.
  • As perdas de TCH, normais para o processo de maturação antecipada, são menores para Moddus, mesmo medido aos 60 dias após a aplicação de março/abril.
  • Em proporções destas perdas, o Moddus apresenta relação de 1:3 em relação

aos herbicidas.  Conclui-se que mesmo com 45 dias de Moddus contra 30 dias de herbicida, as perdas para o Moddus continuam sendo menores,

  • Como consequência de sua ação fisiológica na população de colmos (+1 colmo na colheita), e no sistema radicular (+20% peso da matéria seca de raízes), o Moddus proporciona ganhos de TCH 3 x superiores às perdas pelo efeito maturador.

 

Jéssica Oikawa

Marketing e Comunicação

Field

Unidade Leste

 

Syngenta Proteção de Cultivos