Menos água nas aplicações terrestres
26-03-2015
Ao longo dos anos, o setor canavieiro tem reduzido o volume de água nas aplicações terrestres de defensivos agrícolas. Porém, a adoção de técnicas especiais pode ajudar a diminuir ainda mais esse número
Leonardo Ruiz
Recentemente, a área colhida de cana-de-açúcar no Brasil registrou uma evolução bastante significativa: 53% em seis anos. Segundo dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), eram 6,357 milhões de hectares em 2006 e, em 2012, esse número saltou para 9,705 milhões de hectares. Com esse cenário, é correto afirmar que o uso de defensivos agrícolas cresceu na mesma proporção, em especial, pela necessidade de controle de pragas e plantas daninhas que eclodiam com mais frequência e intensidade nos canaviais.
A utilização cada vez mais recorrente dessa técnica trouxe a luz certas questões sobre o tamanho do volume de calda a ser utilizado, que, na década de 1990, chegava a ser, em média, 400 l/ha. Embora as usinas de açúcar e etanol tenham diminuído esse consumo ao longo dos últimos anos, reduzindo-o pela metade, é importante que cada produtor se atente ainda mais a essas questões, se munindo de técnicas que façam com que esse consumo seja cada vez menor, principalmente, devido a atual seca enfrentada pelos brasileiros.
Aplicação
Durante a aplicação de um defensivo agrícola, o produtor deve buscar ao máximo um equilíbrio entre o volume de calda e o tamanho da gota (espectro de gota), visando proporcionar uma cobertura e deposição desejada para a molécula química aplicada no alvo determinado. Porém, o principal problema reside no fato de que muitos produtores não sabem ao certo qual a proporção de l/ha deve ser utilizada para que os custos operacionais diminuam sem que a eficiência seja afetada. Esses volumes quase nunca são baseados em testes de cobertura, deposição e controle, mas, puramente, em achismos.
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