Minas Gerais conta com mais de 27 mil hectares de RPPN
03-02-2020

Hoje se comemora o Dia Nacional das RPPNs (Reserva Particularres do Patrimônio Natural) e os 30 anos das RPPNs brasileiras. Foi a partir do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC - Lei Federal 9.985/2000) que as RPPNs passaram a ser uma das categorias de Unidade de Conservação do grupo de uso sustentável, que objetivam a proteção da biodiversidade, dos recursos hídricos, desenvolvimento de pesquisas cientificas, atividades de ecoturismo, dentre outros.

O setor sucroenergético de Minas Gerais conta com cinco RPPNs, que envolvem mais de 27 mil hectares no estado:  Porto Cajueiro (Usina Coruripe), Vereda da Caraíba (Usina Santo Ângelo e outros); Aldeia (Grupo Delta Sucroenergia); Vale da Luciânia (Biosev) e Fazenda Lagoa (Usina Monte Alegre)

A primeira RPPN do setor foi criada em 2004, pelo grupo Coruripe, em Januária (Norte de Minas). Ela compreende cerca de 12.000 hectares, abrangendo importantes remanescentes do Cerrado, Cerradão e Veredas, junto ao rio Carinhanha, divisa entre os estados de Minas Gerais e Bahia. Entre vários programas implantados na área, os destaques vão para o de levantamento da avifauna, que identificou 122 espécies de aves, sendo duas ameaçadas de extinção. Além do Projeto Bicudo (em pareceria com várias entidades), com a soltura de quatro casais da ave na reserva, a fim de restabelecer uma população desses pássaros no estado e, a longo prazo, passar essa espécie para categorias menos críticas de ameaça nas listas “vermelhas” em que é citada.

A RPPN Vereda da Caraíba tem uma área de quase 10.500 hectares. A área tem o bioma de Cerrado e abriga aves raras e uma rica flora. Toda ela é recortada por muitas veredas (daí o nome do local), que alimentam o rio Gibão e o Carinhanha. O rio Gibão é um afluente do rio Carinhanha que, por sua vez, é importante contribuinte da margem esquerda do rio São Francisco.  Desde a aquisição das áreas foram implantados aceiros, torres de incêndio, recomposição das matas ciliares, nascentes e outros recursos naturais.

 

Fonte: Gerência Comunicação SIAMIG