Minas Gerais eliminou a queima em 100% das áreas com 12% de declividade
02-02-2015

Em cumprimento ao compromisso assumido no “Protocolo de Intenções Agrosocioambientais do Setor Sucroalcooleiro”, assinado em 2008 com o governo de Minas Gerais, as usinas de açúcar e etanol do estado atingiram em 2014 a meta de eliminar a queima da cana em 100% da área de colheita com declividade abaixo de 12%.

Na safra 2014/15, o setor sucroenergético mineiro completou 97% da área de cana colhida sem queima e mecanizada. Somente 3% da área com declividade maior que 12% é que ainda terão queima, mas até o desenvolvimento de tecnologias para sua mecanização.
Para cumprir o protocolo, os produtores investiram, nos últimos seis anos, mais de U$ 3 bilhões na compra de máquinas, implementos e treinamento da mão de obra, passando por uma verdadeira revolução com o emprego de uma nova tecnologia bastante diferente do que conheciam.
Um exemplo vem do Triângulo Mineiro. As quatro unidades em Minas Gerais do Grupo Coruripe - Iturama, Campo Florido, Limeira do Oeste e Carneirinho - não queimam mais a cana e já mecanizaram 100% da colheita, com investimentos na compra de um total 37 colhedoras.
A destilaria Rio do Cachimbo, em João Pinheiro (Noroeste de Minas) também não queima mais a cana e as dificuldades iniciais como queda de produtividade e redução da vida útil do canavial, com a introdução da mecanização, ficaram para trás. De acordo com o Gerente Administrativo, Daniel Fazanaro Cunha, hoje a mecanização da lavoura, com o investimento em três conjuntos de máquinas, só gera benefícios e a produtividade está sendo igualada ao sistema antigo.
Já o Grupo Delta Sucroenergia já mecanizou 97% da colheita da cana e ainda encontra algumas dificuldades de mecanização dos 3% restantes em função da acentuada declividade do terreno.
Para o presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (SIAMIG), Mário Campos, muitos são os ganhos do estado do ponto de vista da sustentabilidade. “Podemos citar a redução da emissão de gases de efeito estufa; melhoria do solo com a palha; redução do uso da água na indústria; qualificação da mão de obra e o retorno dos animais do Cerrado ao canavial”, afirma.

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