Moagem deve fechar 2014/15 com queda de 5%, em 567 milhoões de T
19-12-2014

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) prevê que a moagem da safra 2014/15 no Centro-Sul, que se encerra oficialmente em 31 de março, totalizará 567 milhões de toneladas, queda de 5% frente as 597 milhões de toneladas observadas no ciclo anterior. Os números foram apresentados nesta quinta-feira em São Paulo. O volume, contudo, supera as 546 milhões de toneladas estimadas pela entidade em agosto. Até 1° de dezembro, o volume processado na região atingia 555 milhões de toneladas.

A moagem menor ante 2013/14 deve-se à severa seca que atingiu regiões produtoras do Centro-Sul neste ano. Conforme o diretor Técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues, "o impacto da estiagem sobre a safra de cana só não foi maior porque houve aumento de área e produtividade em algumas regiões que não foram atingidas pela falta de chuvas", como Goiás e Mato Grosso. Até o final de novembro, a quebra na produtividade agrícola no Centro-Sul atingia 7,8%.

A Unica prevê que a produção de etanol supere ligeiramente a de 2013/14: 25,81 bilhões contra 25,58 bilhões de litros. A de açúcar, por sua vez, deve diminuir 6,8% em 2014/15, para 31,94 milhões de toneladas. O mix de produção no ciclo deve ficar em 43,21% para açúcar e 56,79% para etanol. Com relação aos níveis de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR), espera-se aumento de 2,2%, para 136,80 quilos por tonelada processada.


Receita

Ainda de acordo com a Unica, o faturamento médio das usinas de São Paulo com a comercialização de açúcar e etanol entre o início da safra, em abril, e o mês passado foi de R$ 104,25 por tonelada de cana, ante R$ 98,05 em igual período do ano passado (+6%). A redução de moagem em 30 milhões de toneladas, no entanto, fez com que as usinas do Centro-Sul deixassem de faturar R$ 3 bilhões em 2014/15.

"A menor produtividade fez com que boa parte das unidades produtoras operassem com capacidade ociosa, pressionando os custos de produção e dificultando qualquer retomada de margens nesse momento", destacou Rodrigues.

José Roberto Gomes