MPT de Alagoas solicita à Justiça bloqueio de bens da Usina Seresta
17-06-2015

Dinheiro seria utilizado para o pagamento de salários atrasados.

Funcionários do corte de cana já haviam fechado rodovia em protesto.

O Ministério Público do Trabalho em Alagoas(MPT-AL) pediu à Justiça, em caráter liminar, a apreensão e a indisponibilidade dos bens da Usina Seresta e de seus sócios, para garantir o pagamento de salários atrasados a trabalhadores que atuam no corte de cana. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (15).

A reportagem do G1 tentou entrar em contato com a usina por telefone, mas foi informada por um funcionário de que não havia ninguém da assessoria de comunicação ou da direção da empresa que pudesse responder aos questionamentos.

De acordo com a assessoria de imprensa do MPT, em maio, o órgão havia ajuizado uma Ação Civil Pública contra a empresa Usinas Reunidas Seresta S.A. e seus sócios, pelo atraso no pagamento de multas rescisórias a 800 trabalhadores.

No mês de maio, os trabalhadores chegaram a bloquear os dois sentidos da rodovia BR-101, no município de Teotônio Vilela, para cobrar o dinheiro devido.

Uma audiência foi marcada para tentar solucionar a situação. Nela, representantes da empresa reconheceram que haviam atrasado os salários de abril, e que até o início de junho o pagamento seria regularizado em parcelas: até o dia 29 de maio seriam pagos 60%, enquanto os outros 40% seriam pagos até o dia 2 de junho.

O MPT também requereu à Justiça que a empresa e os sócios sejam condenados a pagar verbas rescisórias aos trabalhadores despedidos sem justa causa, indenização por dano moral aos empregados e R$ 2 milhões por dano moral coletivo. O dinheiro seria destinado ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).