Muitas empresas têm setores de controladoria que não passam de meros produtores de números
28-11-2017

A crítica é que muitos gestores do setor não têm visão estratégica

As empresas que têm os melhores números são aquelas que possuem os melhores controles, uma melhor gestão de custos e orçamento e atuam fortemente sobre os seus números. Contudo, muitas empresas têm setores de controladoria que não passam de meros produtores de números, que são usados para a tomada de decisão sem o cuidado de se esgotarem as análises sobre a composição deles e, somente depois disso, tomarem ações corretivas que visem a melhora de performance e redução de custos. Quando o assunto é orçamento econômico, muitos gestores não tem a noção da complexidade que esse trabalho envolve e o grau de importância para um planejamento econômico sustentável. Também produzem números achando que servem para policiar os custos de produção, quando o orçamento econômico projetado é muito mais que isso quando bem feito e completo.

A crítica é que muitos gestores do setor não têm essa visão estratégica e, sendo assim, não dão a devida importância para a área de controladoria econômica. Ainda, muitos desses gestores, fazem a chamada “economia burra”, deixando de investir na área.

Por experiência e com números comprovados, nesses meus mais de 35 anos de atuação em área de controladoria e finanças do setor, um projeto de controle de custos e orçamento econômico, quando iniciado e bem planejado, proporciona no primeiro ano de trabalho uma economia de no mínimo 4% dos custos de produção agroindustrial, o que paga qualquer investimento em pessoas e controles. Os ganhos ainda são maiores dependendo do nível de controle já operacionalizado pelas empresas.
Enquanto o planejamento estratégico não for prioridade dos gestores, continuaremos a ver o setor caminhar para o encerramento de empresas, redução do nível de atividades, ou transferência de comando - vendas de unidades e consolidação de grupos, onde, o mercado ainda está em compasso de espera. Há vários casos sendo analisados. Muitos investidores de outros setores estão interessados no sucroenergético, mas as decisões quanto a investir ou não, tomarão forma após sinais concretos de que o setor realmente é pauta nas decisões da política econômica nacional, como é o caso do Renovabio.

*Marcos Françóia – diretor da MBF Agribusiness

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