Mulheres e cana
24-03-2021

Até 2000, segundo o presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (SIAMIG), Mário Campos, a força de trabalho no setor sucroenergético era predominantemente masculina, devido ao corte manual da cana e da presença do migrante.

A mecanização da colheita da cana e tecnologias no processo produtivo têm ajudado a mudar o quadro, mesmo assim, o setor tem 9,1% de mulheres, o que em Minas Gerais corresponde a cerca de 4,4 mil trabalhadoras, de um universo de 48,5 mil trabalhadores diretos.

“O percentual varia nas empresas, mas em média ainda é muito baixo, por isso esse esforço em ampliar o número de mulheres no setor”, diz. No país, de 700 mil trabalhadores diretos, são em torno de 64 mil mulheres.

Na Agropéu, região Central de Minas, a supervisora de recursos humanos, Laudeane Castro, conta que a empresa quer quebrar paradigmas. Segundo ela, uma campanha na rede social está surtindo efeito, com a contratação já realizada de 40 mulheres para a safra 21/22.

Na Usina Coruripe, a meta é de aumentar para 20% o número de colaboradoras até o final da safra de 2022. Segundo a coordenadora de irrigação da Usina Coruripe e líder do “comitê da mulher” na empresa, Sandra Maria da Silva, foi criado um banco de talentos para mulheres.

Neste ano, a empresa destinou 50% das vagas do programa de bolsa de estudos para mulheres. Agropéu e Usina Coruripe integram o movimento global Princípios do Empoderamento das Mulheres, promovido pela ONU Mulheres e pelo Pacto Global das Nações Unidas.

Fonte: COLUNA Minas S/A, da jornalista Helenice Laguardia