Na agroindústria, a sucroenergética é quem mais emprega com carteira assinada
13-07-2018

Estudo realizado pelo Esalq/USP e Cepea aponta que na cana, o índice chega a 95%, na agroindústria em geral é 58%.

O estudo “Mercado de Trabalho do Agronegócio Brasileiro: A dinâmica dos empregos formais na indústria sucroenergética de 2000 a 2016”, realizado por pesquisadores da Esalq/USP e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), demonstra que na agroindústria da cana (usinas de açúcar e etanol), 95% dos funcionários são empregados com carteira assinada, enquanto para a agroindústria em geral esse índice é de 58%. No agronegócio como um todo, apenas 36% das pessoas ocupadas possuem carteira assinada. Tal resultado é um indicador do nível de qualidade mais elevado dos empregos gerados pela atividade sucroenergética.

Segundo pesquisadores do Cepea e da Esalq/USP, de 2008 a 2016, houve um aumento da proporção de trabalhadores no setor sucroenergético com maior escolaridade frente ao total de empregos e também elevação significativa dos salários reais. Dentre outros fatores, esse cenário é resultado do processo de mecanização da colheita, notadamente na região Centro-Sul do Brasil.

A cadeia sucroenergética tem importante contribuição na geração de renda e de empregos. De acordo com informações do Cepea, 3,2% do total de pessoas ocupadas no agronegócio em 2017 estavam envolvidas na produção de cana-de-açúcar, açúcar e etanol. A quantidade de empregos gerados pelo setor sucroenergético caiu, principalmente na lavoura, mas a qualidade do emprego e a remuneração aumentaram.