Na Alta Mogiana, CTT éde alta performance
27-04-2018

Transbordos gigantes, fim das grandes manutenções de entressafra, padronização dos reboques estão entre as técnicas adotadas pela empresa

Leonardo Ruiz

O antigo CCT (Corte, Carregamento e Transporte) ganhou nova nomenclatura. Passou a se chamar CTT (Corte, Transbordo e Carregamento). A nova sigla, na concepção de alguns profissionais do setor, chega a ter outro significado - Custo, Transtorno e Trabalho -, dadas as dificuldades de se fazer uma gestão eficiente desta área.

Uma das usinas que tem trabalhado forte para contornar esse cenário é a Alta Mogiana, localizada no município paulista de São Joaquim da Barra. Desde o início da safra 2015/16, a empresa vem adotando novas atitudes, modelos de gestão e tecnologias visando alçar seu CTT a um novo patamar produtivo.


O supervisor de produção em logística da usina, Jorge Tolotti, conta que, ao longo desses três anos, grandes resultados foram alcançados. O número de colhedoras, por exemplo, teve uma redução de 54 para 38 unidades, com uma moagem, em 2017, de 414 mil toneladas a mais com relação a 2014. A disponibilidade mecânica saltou de 79,63% para 87,20% no mesmo período. Já a tonelada/dia/máquina saltou de 448 ton para 669 ton.

Com a redução do número de colhedoras, houve também uma retração da quantidade de transbordos, que caiu de 109 em 2014 para 79 em 2017. Nesse mesmo período, foram observados aumento da eficiência (222 ton/dia/máq. para 322 ton/dia/máq.) e da disponibilidade mecânica (80,48% para 88,40%).


Os caminhões canavieiros, elo de ligação entre a colheita e a moagem, também foram impactados nesse novo modelo de CTT. A quantidade de caminhões efetivos caiu de 79 unidades em 2014 para 62 em 2017. O número de viagem/dia/caminhão passou de 4,63 para 5,73, totalizando uma viagem a mais por dia. A quantidade de viagens também foi reduzida, em função de aumento da média de peso dos reboques, que passaram a levar menos palha e ponteiros e, consequentemente, uma carga mais uniforme. “Uma mudança de paradigma nessa área foi a interrupção do uso de guincho. Muitos acreditam que ele leva mais carga. Pelo contrário. O guincho leva mais sujeira. Agora, conseguimos uniformizar a carga, fazendo com que o caminhão seja mais produtivo”, explica Tolotti.

Com tantas reduções e mudanças, o custo do CTT caiu de 25,80 R$/ton em 2014 para 24,40 R$/ton em 2017, uma redução de 5,42%. Porém, o supervisor de produção em logística ressalta que os valores de 2014 não estão corrigidos. “Caso estivessem, passariam facilmente de 30 R$/ton.”

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