Não é necessário utilizar mais de 100 litros de calda por hectare na aplicação de herbicidas em cana
02-04-2015

Atualmente, na cultura da cana-de-açúcar, o volume de calda (l/ha) mais utilizado nas aplicações terrestres de herbicidas em pré-emergência é de 200 l/ha. Já nas aplicações em pós-emergência, utiliza-se 250 l/ha. Para as dessecações, os volumes variam de 150 a 300 l/ha. Embora alguns desses números possam ser considerados altos, eles estão longe de ser o problema que eram há alguns anos, quando os volumes utilizados chegavam a ser bem maiores quando comparados aos atuais. 

Essas alterações se deram através de um longo processo de conscientização dos produtores. Um dos responsáveis foi o Programa de Valorização da Água em Pulverizações Agrícolas (Provar), criado em 2008, fruto de uma parceria entre o Centro de Engenharia e Automação do Instituto Agronômico (CEA/IAC), a Basf e usinas de cana-de-açúcar do Estado de São Paulo.
Segundo o pesquisador do Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, e um dos idealizadores do Provar, Hamilton Humberto Ramos, o Programa buscou comprovar a possibilidade de reduzir os volumes de água na aplicação de herbicidas em cana-de-açúcar sem que a eficiência fosse afetada. “Nesse trabalho, avaliamos a interferência do volume de calda (50 l/ha, 100l/ha, 150l/ha e 200l/ha) e do tamanho de gotas (grossa, muito grossa e extremamente grossa) sobre a deposição, a cobertura e a uniformidade da pulverização”.
Segundo ele, foi possível comprovar que, acima de 100 l/ha, não há melhora ou piora nos resultados, o que não justifica a utilização de maiores volumes de calda. Porém, ressalta-se que, embora a uniformidade da deposição não tenha sido afetada, a cobertura (% do solo coberto pela pulverização) é influenciada pelo tamanho da gota e pelo volume de aplicação. Na época, os testes do Provar foram realizados em áreas comerciais de seis usinas parceiras no Estado de São Paulo: Usina Buriti, Usina Colorado, Usina Santa Elisa Vale, Usina da Pedra, Usina São Martinho e Usina Cruz Alta.

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