Nota à imprensa do Fórum Sucroenergético Nacional (FNS)
22-09-2020

Acerca do anúncio feito pelo Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR) de que o Brasil seria beneficiário de uma cota adicional de açúcar de 80 mil toneladas para o ano fiscal de 2020, devemos esclarecer que se trata de um procedimento normal adotado pelos EUA nos últimos anos, sem representar qualquer avanço estrutural para um maior acesso do açúcar brasileiro àquele país.

Além da cota tradicional que o Brasil possui, de 152 mil ton/ano, tem sido praxe a abertura de novas cotas para suprir os volumes dos países que não conseguem vender a quantidade prevista ou para complementar a demanda anual dos Estados Unidos. Nesses casos, o Brasil acaba sendo beneficiado não por concessão americana, mas por ser o país com o maior volume de açúcar para exportação no mundo.

O segundo ponto é que essa cota adicional de açúcar, que representa apenas 0,3% da média das exportações brasileiras de açúcar dos últimos anos, é consideravelmente inferior à cota mensal de etanol que o Brasil ofereceu novamente aos EUA em setembro.

É fundamental, portanto, que as discussões entre os dois países avancem em direção à ampliação significativa das nossas exportações de açúcar, a partir de resultados permanentes e concretos, condizentes com a concessão feita pelo Brasil nos últimos anos para o etanol americano.

 

Fonte: União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) e Fórum Nacional Sucroenergético (FNS