Novabio traça agenda do setor canavieiro para 2020
16-03-2020

Integrantes da Associação de Produtores de Açúcar, Etanol e Bioenergia (NovaBio) estiveram reunidos, nessa sexta-feira, 13, na sede da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (FIEA), em Maceió, para debater as demandas do setor, além de discutir as oscilações do mercado econômico mundial com a queda do preço do barril do petróleo e o impacto do coronavírus.

Fonte: Assessoria

O encontro, que foi coordenado pelo presidente da NovaBio Renato Cunha e pelo presidente do Sindaçúcar-AL e do Conselho Administrativo da associação, Pedro Robério Nogueira, contou ainda com a presença de industriais e de lideranças de entidades do setor sucroenergético alagoano e de outros Estados produtores de cana do Nordeste.

“Realizamos a primeira assembleia da NovaBio há um ano em Pernambuco e agora promovemos este segundo encontro em Alagoas para nivelarmos as posições e estratégias. É um ano mais difícil com novas agendas, a exemplo da reforma tributária. Reunimos neste encontro representantes também da Paraíba, Rio Grande do Norte e Maranhão. A NovaBio tem obtido notoriedade justamente por defender a produção genuína de cana, notadamente a cana do Nordeste”, afirmou Renato Cunha.

De acordo com Pedro Robério, na assembleia, foi revista a pauta anteriormente definida pela entidade para 2019/2020, fazendo a atualização dos avanços obtidos no período. “Desde a realização da primeira assembleia ocorreu muita coisa no mundo econômico, setorial e político. Agora, temos também a questão do preço do petróleo e do coronavírus. Vamos inserir novos itens na agenda para o trabalho institucional. Agora, no ponto de vista econômico direto, o nosso concorrente principal é a gasolina cujas reduções sistemáticas de preço - motivadas pela queda do barril petróleo – impactarão negativamente no etanol”, destacou.

Na pauta do encontro, foram debatidos os seguintes temas: definição de itens relevantes na reforma tributária em análise pelo Congresso Nacional; posicionamento sobre o recurso extraordinário no STF sobre a cota americana; evolução na dinâmica dos Cbios – Renovabio e reflexões e ações setoriais frente à situação atual dos mercados setoriais, além de indicações para o projeto estruturante de irrigação para a zona da mata do Nordeste.

“Vivemos no final de dezembro uma expectativa favorável com os preços começando a se recuperar. A partir de fevereiro tivemos dois fatos relevantes: coronavírus - com o forte impacto na saúde e na atividade econômica, além da queda do preço do petróleo que estamos acompanhando para saber qual será o impacto no etanol. O petróleo desabou de U$ 70 para R$ 35 e a nossa expectativa é que tudo isso se ajuste. Temos no nosso segmento uma atividade importante para o Nordeste que é empregadora de mão de obra intensiva”, alertou o industrial do setor sucroenergético, Eduardo Queiroz Monteiro.  

NovaBio foi criada em 2019 e tem abrangência nacional. A missão da organização é atuar de forma conjunta na defesa da produção nacional, representando uma união entre os produtores e os sindicatos do Nordeste e de outras regiões do país com foco nas estratégias que podem incrementar a cadeia produtiva do setor.

 

Jornal de Alagoas