Novo equipamento para adubação em profundidade permite redução de custos e aumento da produtividade dos canaviais
21-12-2018

O recém-lançado FertiMAX, da TT do Brasil, permite a deposição localizada do adubo numa profundidade ao redor de 10 cm

Os preços médios dos insumos agrícolas na safra 2018/19 estiveram bem acima do observado nos ciclos passados. Fruto de um cenário bastante adverso vivido pelos brasileiros ao longo do ano. A greve de caminhoneiros, tabelamento dos fretes, alta do dólar no período eleitoral (o câmbio chegou a ser negociado a R$ 4,10 em setembro de 2018) e o aumento das principais matérias-primas no mercado externo contribuíram fortemente para consecutivas valorizações dessa cadeia de produtos.

Dados da Sucrotec, assessoria e consultoria financeira especializada no segmento, apontam que os insumos agrícolas responderam na safra atual por 8,7% do custo total de produção do setor sucroenergético nacional, valor 2% superior ao registrado na média dos últimos 10 ciclos. No ranking de participação nos custos, já se encontram na quinta colocação, perdendo apenas para mão de obra e serviços contratados (31,5%), canas de fornecedores (19,5%), impostos (10,8%) e combustíveis e lubrificantes (10,8%).

Embora a preços “salgados”, o setor não pode abrir mão da utilização dos adubos e fertilizantes, preponderantes para ganhos em produtividade agrícola. Mas a aplicação não pode ser feita de forma inconsequente. Jogar o produto no canavial sem os devidos cuidados fará com que todo o investimento seja perdido. O produtor precisa recorrer às melhores tecnologias disponíveis para aplicar com eficiência esses nutrientes.

O gerente de operações da TT do Brasil, Merquisson Sanches, lembra que a planta somente absorverá o adubo e o fertilizante a partir do momento em que eles entrarem na solução do solo, permitindo a absorção pela raiz. “Para otimizar sua utilização no canavial, usinas e produtores precisam adotar equipamentos adequados e desenvolvidos sob medida para levar a comida direto na boca da planta.”

Para isso, a empresa lançou este mês no mercado nacional o dispositivo FertiMAX, equipamento destinado a realizar a adubação das soqueiras da cana-de-açúcar logo após a colheita. Sanches explica que o implemento permite a deposição localizada do adubo em um lado ou dos dois lados da linha da cana numa profundidade ao redor de 10 cm, onde se concentra a maior porcentagem de renovação do sistema radicular da cultura.

“A grande maioria dos agricultores opta pela adubação de superfície. Mas, num cenário como o encontrado nos canaviais brasileiros, em que um colchão de palha de até 20 cm permanece sobre o solo após a colheita, essa pode não ser a melhor opção, pois será necessário aguardar a chuva para fazer com que esse adubo seja incorporado na solução do solo.”

Segundo Sanches, a aplicação em profundidade já insere o adubo onde ele precisa estar: bem ao lado do sistema radicular. “Entregamos o alimento para as plantas no local mais propício possível, onde o aproveitamento dos produtos utilizados será total. Hoje se luta muito em ter que primeiro remover o palhiço para depois realizar adubação.

Outra grande vantagem da adubação em profundidade é a possibilidade de trabalhar com fonte nitrogenada que tenha a ureia como base. Quando se aplica o adubo por cima da palha, a fonte nitrogenada precisa ser obrigatoriamente nitrato, por não apresentar problemas de perdas por volatilização. Porém, o nitrato é sempre mais caro e, às vezes, difícil de ser encontrado. “A ureia é sempre mais barata, mas é preciso enterrá-la para ser protegida. O Fertimax propicia que o adubo fique enterrado, viabilizando sua utilização em áreas de cana com a presença de palha.”

Apresentado pela primeira vez na Agrishow 2018, o FertiMAX teve seu lançamento comercial em dezembro de 2018. Uma de suas principais características é a possibilidade de operação mesmo com altos volumes de palha sobre o canavial. O gerente de operações da TT do Brasil, Merquisson Sanches, explica que os dois discos do dispositivo, um recortado e um liso de 29”, foram desenvolvidos especialmente para trabalhar com alta velocidade, baixo consumo de potência e sem a necessidade de remoção antecipada da palhada.

“Os equipamentos de adubação atuais trabalham com discos de pequeno porte ou com haste e, por conta disso, não conseguem uma incorporação adequada e bom corte de palha. No caso do FertiMAX, os discos, além de grandes, conjunto robusto, possui um projeto de posicionamento único que confere desempenho, um sulco bastante estreito, mínima potência requerida de trator e um excelente corte da palha. Além disso, o ponto de deposição é colocado de maneira que o próprio disco joga o adubo para dentro do sulco, garantindo alto aproveitamento.”

Sanches ressalta, ainda, que essa palha não precisa estar totalmente seca. Esse fato permite que a adubação seja realizada pouco tempo após a colheita. “Pensamos também que dependendo da logística de cada cliente, ter essa operação de adubação praticamente junta com a colheita pode gerar ganhos”.

“Somos uma empresa que busca ofertar soluções para a área canavieira. Com a possibilidade de adaptar nosso corpo adubador em equipamentos pré-existentes, há uma considerável redução do investimento inicial, pois não será preciso descartar o anterior e adquirir tudo novamente”, afirma o gerente de operações da TT do Brasil.

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Fonte: CanaOnline